A primeira-dama de Rio Branco utilizou seu perfil no Facebook para expor sua opinião a respeito da utilização das delações como mecanismo de investigação da Justiça brasileira.
Gicélia Viana foi levada coercitivamente à sede da Polícia Federal nesta segunda-feira (30) para depor a respeito de questionamentos levantados durante a investigação relevante a Operação Buracos.
A polícia investiga o suposto desvio de R$ 700 milhões de obras referentes à construção e manutenção de rodovias federais. O recurso era manuseado por meio de convênios costurados entre o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura do Acre (Deracre) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/RO).
Gicélia trabalhou na autarquia estadual durante o período investigado pelas autoridades policiais e foi chamada para responder a alguns questionamentos a respeito de suas atividades na época.
Abaixo o desabafo na íntegra:
Atualmente a delação premiada tem sido colocada como o grande trunfo nas mãos dos homens da justiça e nos noticiários se tem dado muito destaque aos grandes desdobramentos resultantes das delações de verdadeiros criminosos.
Mas será mesmo se é possível saber se o conteúdo das delações corresponde à realidade? Acho pouco provável!
Imagine um réu ou um indiciado sobre o qual pesam provas concretas de uma vida desviada da legalidade, essa mesma pessoa de uma hora para outra resolve ser um altruísta colaborador da justiça…será mesmo que é sensato acreditar piamente em um lampejo de honestidade de alguém que está mais sujo do que pau de galinheiro?
Acreditar que os envolvidos nas delações premiadas são isentos é tão absurdo quanto crer que um criminoso não utilizará de todos os meios possíveis para não ser punido!
Nos dias de hoje só nos resta mesmo confiar na justiça divina! Esta sim não comete erros, não escolhe lado, não premia o mal feito e não falha
Gicélia Viana Médici Aguiar