Grupos no WhatsApp alertam sobre blitz no Acre e acabam por contribuir com a criminalidade

Dois grupos de WhatsApp, batizados de Vips Adms Blitz e Blitz Geral Acre, divulgaram na noite desta quarta-feira (27), os locais exatos em que eram realizadas as blitzen pela Polícia Militar do estado. A denúncia foi enviada ao portal ContilNet por um informante anônimo.

Segundo relatos do participante, adicionado recentemente, para entrar no grupo é precisa manter sigilo sobre as informações relacionadas às ações da PM. “Eu entrei lá, mas após ver algumas postagens, vi as pessoas admitindo que estavam dirigindo embriagadas. Daí percebi o perigo a que a pessoas estão sujeitas”, enfatizou.

Print das informações que atrapalham o trabalho das polícias/Imagem: reprodução

As ações policiais que visam tirar de circulação motoristas em situações irregulares e garantir maior segurança ao cidadão foram organizadas em quatro locais diferentes da cidade, entre eles na Rua Amadeu Barbosa, bairro Canaã e Rua Rio Grande do Sul.

O que diz a lei

Aquele que espalha avisos informando sobre local de realização de blitz burla a finalidade do estado em fiscalizar e proteger a vida e a integridade física das pessoas. A iniciativa caracteriza a prática de crime de atentado contra serviço de utilidade pública, e está tipificada no artigo 265 do Código Penal, que prevê pena de um a cinco anos de prisão.

Alertar, por meio de sinais de luz, outros condutores sobre a existência de blitz também acarreta punição de cunho administrativo. O artigo 251 do Código de Trânsito Brasileiro prevê aplicação de multa aos que incorrerem nessa prática.

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