Publicado no último dia 7 no periódico científico Journal of Epidemiology and Community Health, um estudo norte-americano revelou uma estreita ligação entre a variação do salário mínimo nacional e as taxas de suicídio registradas no país. Realizada por cientistas da Universidade Emory (EUA), a pesquisa se baseou em levantamentos de rendas e suicídios nos Estados Unidos, entre 1990 e 2015.
Entre os anos de 1999 e 2017, a taxa de suicídios cresceu, naquele país, mais de 30%. Já em relação ao período analisado pelos pesquisadores, o salário mínimo nacional foi alterado 478 vezes.
Como resultado da investigação, os cientistas concluíram que, a cada dólar a mais no salário, houve redução de 3,4% a 5,9% de suicídios entre os adultos pouco escolarizados (isto é, que chegaram no máximo até o fim do ensino médio). O aumento do salário afeta ainda mais os índices dessas mortes quando o país passa por épocas de desemprego severo.
Ou seja: segundo a pesquisa, ter uma renda nacional média minimamente maior culmina em menos suicídios por todo o país. O efeito é ainda mais perceptível quando empregos se tornam escassos, aumentando a importância do salário e de possíveis acréscimos na quantia mínima a ser recebida.
Além disso, de acordo com as conclusões do estudo, aumentos no salário mínimo podem também reduzir disparidades entre grupos socioeconômicos. A faixa etária investigada foi dos 18 aos 64 anos.