Covid: EUA têm recorde de novos casos; Alemanha e França fecham bares e restaurantes

A nova onda de infecções por coronavírus em países ricos está causando apreensão e tensão nos mercados financeiros internacionais e exigindo a adoção da volta de medidas restritivas por parte dos governos. No Brasil, o dólar chegou a subir a R$ 5,79 e a Bolsa de São Paulo tem forte baixa.

Enfrentando um aumento explosivo dos casos de covid-19, a Alemanha decidiu nesta quarta-feira (28) decretar uma quarentena parcial a partir de 2 de novembro, medida semelhante a outras adotadas por alguns países europeus, como Portugal. Com a nova determinação, bares e restaurantes serão fechados, mas as escolas permanecerão abertas.

Na França, o presidente Macron anunciou hoje uma nova quarentena para conter a explosão de contágios. As medidas começam a valer nesta sexta-feira e vão até, pelo menos, 01 de dezembro. Nos Estados Unidos, novos casos de covid-19 bateram recorde, aumentando tensão no fim da corrida eleitoral.

Se, na terça-feira, a campanha do presidente Donald Trump listou o fim da pandemia de covid-19 como uma das conquistas científicas de seu primeiro mandato, os números indicam que a afirmação passa longe de ser verídica.

Apenas na última semana, o país registrou quase 500 mil novos casos da doença, número sem precedentes que acirra as apreensões sobre como será o pleito do próximo dia 3 e quando seu vencedor será conhecido.

ALEMANHA

— Nós temos que agir e precisamos agir agora para evitar uma emergência de saúde nacional — disse a chanceler Angela Merkel ao anunciar as medidas adotadas em seu país.

Cinemas, teatros, academias e piscinas também serão fechados, mas o governo alemão permitiu que as lojas permaneçam abertas desde que mantenham um limite de atendimento de uma pessoa a cada 10 m² nos estabelecimentos. Eventos esportivos profissionais só serão permitidos sem espectadores.

Antes, o governo alemão já tinha tornado obrigatório o uso de máscaras em mercados, ruas movimentadas e zonas da capital, além de ter aumentado o policiamento para garantir o cumprimento das regras. [Capa: Tobias Schwarz/FP]

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