Atenção, comunidade, a balsa com os candidatos que não se elegeram em Sena Madureira já está a caminho de Manacapuru (AM). Além de empresários, líderes religiosos e comunitários, comunicadores e outras personalidades, os convidados de honra são Gehlen Diniz (Progressistas) e a vice Toinha Veira (PSDB), que disputavam a chefia do Executivo municipal no último domingo (15).
A maior coligação da cidade – ‘Filhos de Sena, Unidos pelo Povo’ – não conseguiu frear a reeleição de Mazinho Serafim (MDB), que encerrou a disputa com 56,63%. O atual prefeito chegou a dizer que venceria o adversário de ‘lambuja’, com pelo menos mil votos a mais. No fim das contas, a diferença foi de 2.854.
Que balsa é essa?
Muito antes de estar ligada às eleições, a expressão ‘descer a balsa’ já era tida como um castigo pelos autonomistas, nos idos de 1910.
O jornalista Aloizio Maia criou a balsa rumo a Manacapuru nos anos 1970. Em sua coluna, ele escrevia sobre política e deu um novo significado a essa história, que é tão antiga quanto o Acre. Após toda eleição, os candidatos derrotados desceriam o rio.
Na época das revoltas autonomistas, prefeitos autoritários foram colocados em balsas como uma forma de castigo. Essas embarcações não possuem motor e se movimentam apenas pela correnteza, tornando a viagem ainda mais longa e cansativa.