A ilha de Elliðaey ao sul da Islândia poderia ser o local ideal para uma viagem segura, em tempos de isolamento social.
Situada no arquipélago Vestmannaeyjar, a ilha abriga uma casa, conhecida como “a mais solitária do mundo”, por ser a única nos 44,5 hectares do destino exótico.
A habitação total da ilha é nula, o que faz com que a casa solitária crie um pretexto para diversas lendas sobre o local.
Há quem diga que a propriedade tenha sido construída por um eremita religioso, que fez um retiro na ilha.
Outros contam que um bilionário decidiu construir a casa para ter onde fugir em caso de um “apocalipse zumbi”.
E, ainda, há quem acreditou que a ilha foi dada de presente para cantora Björk, pelo governo local.
Os relatos mais aceitos, no entanto, dizem que o local, aparentemente inóspito, foi o lar de poucas famílias ao longo dos séculos 18 e 19.
Contudo, as famílias isoladas do restante da civilização islandesa decidiram deixar a ilha na década de 1930, em busca de uma vida mais estável no continente.
A caça de papagaios-do-mar é o principal atrativo da ilha. A casa “mais solitária do mundo”, inclusive, foi construída por uma associação de caçadores na década de 1950 e é usada como acampamento base nas temporadas de caça.
Embora a ilha seja listada como uma reserva natural e esteja em uma área protegida, pastores são liberados para levar ovelhas para lá no verão.
Dados levantados pela Revista Forbes, em 2018, indicaram que 8,4% do PIB (Produto Interno Bruto) da Islândia é proveniente do turismo.
É claro que a casa “mais solitária do mundo” não poderia ficar fora do roteiro e a visitação é oferecida através de pacotes vendidos por agências de viagens do país.
No entanto, apesar de parecer um roteiro bucólico ideal, “a casa mais solitária do mundo” tem suas desvantagens:
não há eletricidade, água encanada ou encanamento interno. Em compensação, uma sauna alimentada por um sistema de captação de água da chuva está disponível para os visitantes.
No final das contas, as hostilidades da ilha contam mais como um incentivo do que como um obstáculo para os turistas que vão à ilha de Elliðaey, em busca de um retiro repleto de vistas naturais deslumbrantes.