Investigações do Ministério Público de São Paulo apontam que a quadrilha acusada de desviar cerca de R$ 500 milhões em recursos da saúde contratou um integrante da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) para protegê-la.
A informação consta de uma das denúncias apresentadas contra suspeitos dos desvios.
De acordo com as investigações realizadas pela Operação Raio-X, cerca de 70 pessoas atuavam na quadrilha, especializada em desviar verbas da saúde por meio de contratos milionários com municípios e organizações sociais.
O Ministério Público diz que gravações mostram que Genilson José Duarte Amorim, integrante do PCC, foi contratado pela quadrilha para prestar serviços de segurança aos membros da organização que atuava na área da saúde.
“Ele é o elo de conexão entre a presente organização criminosa e o Primeiro Comando da Capital, o PCC, integrando as duas organizações criminosas independentes”, afirma a Promotoria.
A coluna não conseguiu contato com a defesa de Genílson, conhecido como Gê.
Durante a Operação Raio X, cerca de 53 pessoas foram presas em cinco estados do país. Em uma das decisões por meio da qual o Tribunal de Justiça de São Paulo negou pedido de habeas corpus para um dos acusados, a quadrilha ameaçou matar um dos delegados que participaram da investigação, bem como enviou carta de intimidação a um juiz.
Interceptações telefônicas demonstraram, segundo o TJ, a intenção dos criminosos em criarem um perfil falso em rede social a fim de espalhar notícias inverídicas sobre o magistrado.