Sabe esse furinho que você tem no meio da sua barriga? Sim, estou falando do umbigo, essa entidade misteriosa que ocupa mais ou menos o centro do corpo.
O que você provavelmente não sabe é a função que ele tem. E o motivo para isso é simples: ele não serve para nada!
Quer dizer, ao menos na vida adulta. Eu explico: a função prática do cordão umbilical termina assim que a pessoa nasce.
Quer dizer, ao menos em sua utilidade original, uma vez que ele é repleto de células-tronco, podendo ser congelado para uso posterior no tratamento de doenças. Depois, ele nada mais é do que uma cicatriz.
Quando ainda é útil, ele serve como uma espécie de canal de troca entre o feto e sua mãe.
Por ele correm três vasos sanguíneos, sendo uma veia e duas artérias, que permitem que o feto seja nutrido, receba anticorpos, tenha seu sangue oxigenado entre outras coisas que permitem que ele sobreviva no útero da mãe.
Após o nascimento, esse cordão é cortado a uma distância de dois a três centímetros da barriga do bebê, formando o chamado coto umbilical.
Uma vez que o bebê cresce, esse coto vai sendo recoberto pela pele do abdômen, dando origem ao “buraquinho” que temos na barriga.
Esse processo que determina o formato final do umbigo e acaba variando de pessoa para pessoa.
Mas há casos que essa cicatrização não ocorre da forma mais correta, podendo infeccionar, uma situação chamada onfalite.
Outro problema que pode ocorrer é a formação da chamada hérnia umbilical, que é quando o recém-nascido fica com o umbigo saltado por muito tempo após o nascimento.
Neste caso, e se houver sinal de que o local apresenta dor, é necessário fazer uma cirurgia para a correção do problema.
O motivo disso é que, dependendo de como o quadro evoluir, um pequeno pedaço do intestino pode ficar preso nesse espaço, causando problemas na circulação intestinal.
Considerando que tudo corra normalmente, o umbigo não vira nada além de uma zona “morta”, e justamente por isso há uma certa sensação estranha quando a tocamos, mas é só isso mesmo.
Não há uma ligação entre o umbigo e os órgãos internos. O único cuidado que a região demanda depois que crescemos é uma limpeza habitual, como qualquer outra parte do corpo.
Isso pode ser feito durante o banho ou, ainda, no caso de pessoas com o umbigo mais profundo, usando um cotonete com água e sabão.
Fora isso, não se preocupe: não há doenças que envolvem o umbigo e, ao longo da sua vida ele servirá, no máximo, como ponto de referência.