Artigo: Cameli vai acabar com grupos que usam estrutura pública para se projetar

A partir desta segunda-feira (4) o governador Gladson Cameli retorna de Cruzeiro do Sul e passa a cumprir uma extensa agenda política, com o objetivo de recompor sua base, mas, especificamente, formar um TIME para garantir sua reeleição em 2022.

No penúltimo dia do ano, ele me disse em alto e bom tom (por telefone) que doravante, ninguém em seu governo poderá ascender uma vela para Deus e outra para o Diabo. “Fui bem claro Jairo Carioca?” Questionou.

Durante 37 minutos, o governador seguiu relatando que vai colocar fim aos chamados “grupos” que usam as tetas do Estado para se projetar politicamente. “Em primeiro lugar tem que ser o Estado e a minha reeleição”, acrescentou.

O primeiro a ser chamado nesse reencontro é o vice-governador Major Rocha que, inclusive me confirmou o convite para o encontro. Conversamos também por telefone. Rocha me garantiu não ver problema nenhum em recompor. O Major inclusive acredita que Cameli pode montar uma base forte com condições de se reeleger em 2022. “Ele tem a caneta na mão”, explicou.

A regra, ou o mandamento, será de fidelidade total. Após dois anos, o governo identificou que existem muitas pessoas nomeadas que não estão alinhadas com o governo, inclusive de esquerda. E não foi falta de aviso.

A reforma – embora ainda um mistério em termos de transição – é uma decisão de realinhamento, incluindo critérios técnicos de nomeação. Porém, o grande exercício será político. Com um milionário pacote de obras que deve sair do papel, se conseguir governabilidade, chega muito forte em 2022.

Governabilidade nos mais de 50 tons de azul. A gestão precisa sair definitivamente do vai e vem de nomeações e exonerações no Diário Oficial. Além de insegurança a tal “caneta azul” forma aliados “meia sola”, sem compromisso com o Estado e muito menos o projeto político em curso. Grupos e subgrupos como chegou até aqui. No que determinou de ano do emprego, Cameli quer empregar bem, começando pela própria casa.

Esse TIME, deve ser reforçado também pelas redes sociais onde a atuação dos “indicados” é fraca ou quase inexistente, seja nas estratégias de defesa e ataque, ou até mesmo no acompanhamento das ações institucionais.

Com poucos recursos, a comunicação do governo fez milagres nos últimos dois anos, capaz de manter em índices aceitáveis a imagem do governador em um ano desafiador como foi 2020.

Comunicar não é preciso, é obrigatório. E quando se fala em comunicação, não há como fugir das redes sociais onde fidelidade e política caminham juntas de forma estratégica.

Dizem que as autoridades são constituídas por Deus, isso é bíblico, portanto, nada demais em afirmar no título desse artigo que não podemos pertencer metade ao senhor e metade ao mundo. Esse será o tom de 2021 na gestão Cameli.

*Jairo Carioca é jornalista e radialista

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