Em 15 dias, a média de enterros diários em Manaus cresceu 80%, de acordo com dados da Prefeitura. A capital, que sofre com hospitais lotados por conta de um novo surto da Covid-19, também registra aumento de mortes em casa e filas de carros funerários em cemitério.
Até esta terça-feira (5), das mais de 5,4 mil mortes pela Covid-19 em todo o Amazonas, mais de 3,4 mil foram registradas em Manaus. A capital vivenciou colapso nos sistemas funerários e de saúde entre abril e maio, por conta da doença, e ficou com o número de mortes 108% acima da média histórica.
Entre os dias 22 e 26 de dezembro, a média diária de enterros era de 40. Nos últimos cinco dias do ano, essa média subiu para 56, e saltou para 72 nos cinco primeiros dias de 2021.
Em meados de dezembro, a média de enterros em Manaus era 30. Com mais de 50 enterros diários realizados desde o dia 28, a capital voltou a registrar um pico de sepultamentos: foram 91 apenas na terça-feira (5).
Dos 843 sepultamentos realizados no período, 229 mortes foram causadas pelo novo coronavírus.
O mês de dezembro foi o terceiro do ano com o maior número de sepultamentos, com 1.081 enterros, atrás apenas de abril (2.433) e maio (1.899), considerados os meses de pico da pandemia no Amazonas. No dia 26 de abril, a capital registrou o maior número de sepultamentos da pandemia, foram 140 enterros em um único dia.
Os dados também mostram um aumento no número de mortes em casa. Entre 22 e 26 de dezembro, foram 31 registros. Entre 27 e 31 de dezembro, esse número subiu para 60. De 1º a 5 de janeiro, foram enterradas 56 pessoas que morreram em casa. O pico de óbitos em domicílio foi registrado em abril, com 611 casos.