Adaptar-se a todas as transformações que acontecem na sua vida no pós-parto já é um choque. Imagine, então, ‘dormir’ grávida e acordar sabendo que seu bebê já tem um mês – e está na UTI neonatal? A situação aconteceu com Emily Brown, 30, que mora no Tennessee, nos Estados Unidos. “Tanto tempo tinha se passado, que minha cicatriz da cesárea já estava boa e era quase como se eu não tivesse estado grávida nunca. Foi muito surreal, eu tive que ser medicada para ficar calma”, conta ela, em depoimento ao The Sun.
Confira a história completa:
“Abrir meus olhos em um quarto desconhecido, tentei me orientar. Me sentia tonta e confusa, e tinha um tubo na minha garganta. Então, vi uma foto de um recém-nascido na parede. Toquei minha barriga com e, na hora, eu soube que aquela foto era do meu filho. Eu já tinha meu filho, George, de um relacionamento anterior, quando conheci Josh, em um site de relacionamentos, em março, 2015.
Josh e eu nos casamos em dezembro de 2018 e ficamos maravilhados a descobrir que eu estava grávida, em março de 2020. Como vivemos na área rural do Tennessee, a princípio, a pandemia de coronavírus não parecia real e achamos que ia passar rápido.
Seguimos nossas vidas da maneira mais normal que podíamos e não usamos máscaras ou praticamos distanciamento social, já que os políticos locais não determinaram nenhuma restrição para nós.
Em setembro, no meu ultrassom de 28 semanas, descobrimos que teríamos um menino e demos a ele o nome de Tucker.
Depois, comemoramos em um restaurante de churrasco, mas, enqusnto eu comia, percebi que não conseguia sentir o gosto ou o cheiro de nada. Sabendo que isso era um sintoma de covid, no dia seguinte fui fazer um teste. O resultado deu positivo.
Eu disse a mim mesma que ficaria tudo bem, mas, seis dias depois, no dia 18 de setembro, Josh me acordou em pânico, dizendo que eu estava respirando de um jeito estranho.
Eu tive febre e até mesmo dar poucos passos me deixava sem fôlego, o que era assustador.
Josh me levou ao hospital e não pode entrar por causa da covid. Conforme as enfermeiras faziam o check-up e traziam a máquina de oxigênio, meu pânico aumentava. Será que eu ia perder meu bebê?
Seis dias depois, eu estava tão doente, queme colocaramno ventilador e coma induzido.
Então, dois dias depois de acordar, eu o conheci de verdade. Mesmo que ele não fosse aquele recém-nascido pequenino que eu esperava, o fluxo de amor foi tão forte…
Mesmo assim, eu estava arrasada por ter perdido os primeiros momentos, como ouvir seu primeiro choro.
Quando Josh e minha mãe finalmente puderam me ver, alguns dias depois, choramos tanto de emoção.
Eu tive alta no dia 20 de outubro, seis dias depois de acordar. Tucker ficou no hospital por mais duas semanas, mas Josh e eu o visitávamos todos os dias para alimentá-lo.
Agora, estamos em casa e me sinto privilegiada com o apoio dos meus amigos e da minha família. Tucker e eu estamos saudáveis e estou amando conhecê-lo, assim coo seu irmão mais velho, George.
A situação no Tennessee é horrível – com mais de 10 mil mortes por covid.
Quero que todo mundo saiba o quão importante é levar o vírus a sério. É um milagre que Tucker e eu estamos aqui, saudáveis”