Aos 84, o empresário José Eugênio Leão Braga, o Macapá, foi reeleito no dia 6 de fevereiro para mais um mandato à frente da presidência do Independência.
Ele, que está desde 1983 no cargo, não teve concorrentes, sendo aclamado para seguir na função por mais um biênio, o que o fará completar 39 anos no comando do Tricolor de Aço.
Mas se alguém pensa que ele gostaria de seguir no cargo está enganado. O experiente dirigente garante que só aceitou a reeleição por não aparecer ninguém interessado em assumir a posição. Ele acredita que seu tempo na presidência já passou.
– Porque não tem candidato. Eu não queria mais não. Acho que já colaborei demais, que já está vencido meu tempo no Independência. Eu sou presidente do Independência, agora com essa eleição, há 37 anos. E pra trás tive uns 20 e poucos anos como diretor, secretário, tesoureiro, vice-presidente – afirma.
O mandato de Macapá antes da reeleição havia terminado em agosto de 2020. Por causa da pandemia do novo coronavírus, a assembleia para realizar a eleição foi adiada naquele momento.
Como o clube precisa ter um presidente eleito para poder participar de competições oficiais, a assembleia foi realizada com todos os cuidados necessários para escolha da direção.
A ideia é que o Tricolor de Aço possa competir em todas as categorias quando o futebol for autorizado a retomar as atividades. No profissional, no entanto, o retorno está programado para 2022.
– Meu mandato anterior terminou em agosto do ano passado. Ninguém voltou esse ano porque como meu mandato estava vencido, a CBF não aceita (clube sem presidente). Vou fazer a ata da eleição, registrar em cartório e enviar para a Federação para que encaminhe à CBF a nova diretoria. Quando voltar (as competições) vamos participar de tudo. No profissional, vamos trabalhar para o ano que vem – assegura.
O dirigente diz que não há um projeto para investimento financeiro no clube, cita como exemplo a temporada 2019 e garante que o Tricolor de Aço não tem débito nenhum a pagar.
– Aqui só quem ajuda o esporte aqui do Acre é o (Adem) Araújo. Em 2019, fizemos um orçamento de R$ 120 mil para despesas, e a receita só deu R$ 48 mil, sendo desses R$ 12 mil de minha participação, que dei R$ 3 mil por mês. Mas não estamos devendo um tostão a ninguém. Jogadores todos receberam. Quando terminou o campeonato (2019) tive 30 pessoas na minha porta para pegar salário. Jogadores, comissão técnica, lavadeira. Fui acertando um por um, e ainda dois entraram na Justiça. Fiz acordo com todos e todos receberam – finaliza.