A justiça romena condenou nesta segunda-feira, por homicídio culposo, a médica que tratou em campo o jogador camaronês do Dinamo Bucareste, Patrick Ekeng, que faleceu em 2016 no hospital para o qual foi transferido, após sofrer um colapso durante um jogo da primeira divisão.
O Tribunal de Recurso de Bucareste considera que a médica condenada, Elena Duta, foi grosseiramente negligente ao não tentar reanimar o jogador durante os três minutos que demorou a chegada da ambulância.
A sentença, irrecorrível, estabelece pena de prisão de 18 meses, suspensão, e obriga a condenada a prestar serviço comunitário por dois meses. Durante a investigação da morte do jogador, de 26 anos, foi descoberto que a ambulância que o transferiu não estava equipada com os equipamentos de reanimação necessários.
O Tribunal ordenou também que uma indemnização de 200 mil euros, coberta pela seguradora que cobriu o jogo, seja paga à família do jogador de futebol.
“Acreditamos que a justiça foi feita e esperamos que seja um sinal de alerta, tanto para os clubes quanto para aqueles que prestam atendimento médico aos atletas”, disse o advogado da família de Ekeng, Vlad Hossu.
Ekeng, que tinha 26 anos na altura da sua morte, morreu de parada cardiorrespiratória em 6 de maio de 2016. De acordo com a autópsia, ele sofria de problemas cardíacos. A morte do camaronês causou consternação na Romênia, onde os torcedores do Dínamo se lembram dele constantemente em suas partidas e arrecadaram fundos para a família do jogador.
Ekeng, que era da seleção de Camarões, jogou pelo Córdoba entre 2014 e 2015 e anteriormente foi do francês Le Mans e do suíço Lausanne.
Veja a cena: