A situação segue crítica no município de Boca do Acre, distante 1.557 km de Manaus, por conta das cheias dos rios Acre e Purus que banham a cidade. Segundo a Defesa Civil da cidade, nesta quarta-feira (3), a régua aponta que o nível dos rios está 60 centímetros acima da cota de transbordamento total, chegando a 20,60 metros.
O secretário de Defesa Civil Municipal, Jony Noronha, disse ao G1 que o número de pessoas afetadas pela cheia passa de 17,9 mil, sendo 15 mil apenas na zona urbana. Cerca de 90% da cidade foi afetada com inundações.
A prefeitura decretou estado de calamidade pública e o sistema de abastecimento de água potável também segue suspenso. A inundação afetou inclusive o serviço de saúde e, para prestar atendimento à população, a Defesa Civil instaurou uma unidade básica de saúde fluvial.
Em fevereiro, o prefeito suspendeu a realização do Enem no município por causa da cheia. Além disso, as aulas remotas precisaram ser suspensas.
Cheia em outros municípios
Em Manacapuru, o nível do rio Solimões está em 16,80 metros. Segundo a Defesa Civil, o nível está 1,21 metro maior do que no mesmo período do ano passado.
Em relação ao monitoramento do nível do Rio Amazonas na região de Parintins, os dados desta quarta-feira apresentados pela capitania dos portos de Parintins e pela Defesa Civil do município apontam que o rio atingiu a marca de 7 metros e 4 centímetros. O índice está 20 centímetros acima do que a marca registrada nesse mesmo dia em 2009, ano da maior cheia já registrada na região.
A Defesa Civil de Parintins diz que está em alerta diante do cenário em outras regiões do estado e diante de dias incessantes de chuva que caem aqui na ilha.
Já em Nova Olinda, a chuva causou estragos no fim da tarde dessa terça-feira (2). Várias ruas da cidadesficaram alagadas e a água chegou a invadir casas.
Em Eirunepé, o rio mediu 17,02 metros na terça-feira (2) e cerca de três mil famílias foram afetadas pela água do Rio Juruá.