Reabertura do comércio é discutida na Câmara e autoridades alertam para piora da pandemia 

Foi realizada no fim da manhã desta sexta-feira (5) uma audiência pública na Câmara Municipal de Rio Branco. Solicitada por meio de requerimento do vereador Adailton Cruz (PSB), com objetivo de discutir o decreto que permite a abertura do comércio na semana e lockdown aos sábados, domingos e feriados. No geral, todos defendem a flexibilização, porém, orientam que é preciso bom senso e fiscalização.

De acordo com Adailton Cruz, a audiência é necessária para saber até que ponto a abertura do comércio será benéfica à população em meio ao colapso no sistema de saúde. Segundo ele, é preciso aumentar o horário de funcionamento em órgãos públicos e privados, como bancos e transporte coletivo, como meio de evitar aglomerações.

Cruz lamentou a falta de um membro do comitê de acompanhamento da Covid-19 na audiência, a presença do representante seria fundamental para esclarecimentos de dúvidas. “Queremos contribuir para que pais e mães de famílias não percam seus empregos”, declarou.

O presidente da Federação das Indústrias do Acre (FIEAC), José Adriano, relatou que a crise sanitária ocasionada pelo novo coronavírus é fruto da falta de investimentos na áreas de saúde, além disso, o representante contou que a classe empresarial vive uma instabilidade há seis anos que tem se agravado em razão da pandemia. “Temos que achar uma saída para não sermos taxados de egoístas e mercenários pela sociedade. As medidas tomadas até aqui trouxeram uma série de dúvidas, precisamos preservar empregos, a parte psicológica e vidas”, ressaltou.

O promotor do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Gláucio Oshiro, defendeu uma campanha de fiscalização para prevenir a disseminação do vírus no estado. “A decisão do comitê foi em abrir os estabelecimentos em 20% pois foi observado que a população não estava seguindo as normas”, destacou.

Em sua fala, a representante do Conselho Estadual de Saúde, Cristiane Lopes, alertou que o órgão preza pelo equilíbrio das ações. “É necessário uma fiscalização do poder público nessas ações. Quem não estiver cumprindo com as determinações, que esses locais sejam fechados”, salientou.

O médico Virgílio Prado, da diretoria do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), disse que é possível uma reabertura de todos os setores da sociedade, mas frisou que é necessário a colaboração da sociedade em geral. “É necessário tomar os devidos cuidados, com máscaras, como manda o Ministério da Saúde”, argumentou.

 

 

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