Bittar vê “excesso” do MPAC em recomendação para inauguração da ponte do Madeira

A recomendação do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) para que seja evitada aglomeração no ato de inauguração da ponte sobre o Rio Madeira,  em Rondônia, inclusive com a presença do presidente Jair Bolsonaro, foi duramente criticada no início da noite desta quinta-feira (15) pelo senador Márcio Bittar. A inauguração está prevista para ocorrer no próximo dia 29 de abril. A recomendação do MPAC se relaciona à pandemia do coronavírus.

EntendaMPAC e MPF pedem providências para impedir aglomerações em inauguração de ponte do Madeira

Em nota distribuída à imprensa, em Brasília, o parlamentar disse, entre outras coisas, que “o MPAC, em um momento em que precisamos todos juntar energias para desenvolver nosso Estado e promover ações que possam trazer esperança de crescimento e oportunidades para nossa gente, se utiliza de suas prerrogativas constitucionais para tentar impedir o ato de inauguração da obra que significa para o povo do Acre a verdadeira e definitiva integração com o restante do Brasil”.

Bittar afirmou que “vivemos tempos difíceis, em que muitas dúvidas e incertezas tomaram conta das pessoas, inclusive das que compõem posições estratégicas para o bom andamento e organização da sociedade”. Segundo ele, o Ministério Público do Acre tem enorme valor. “Sua atuação tem ajudado em diversos aspectos e sua notória participação por muitas vezes compôs uma aliança estratégica para os governos, independente dos partidos, desde a sua criação, nos idos dos anos 80, até os dias atuais”, afirmou o senador.

“Foi com enorme consternação, portanto, que recebi a notícia de que o MPAC, em um momento em que precisamos todos juntar energias para desenvolver nosso Estado e promover ações que possam trazer esperança de crescimento e oportunidades para nossa gente, se utilize de suas prerrogativas constitucionais para tentar impedir o ato de inauguração da obra que significa para o povo do Acre a verdadeira e definitiva integração com o restante do Brasil. A tão sonhada ponte do Rio Madeira”, destacou.

Para o senador, “tal conduta constitui um agravo não apenas ao povo Acreano e Rondoniense, mas à figura da autoridade máxima de nosso país, o Presidente da República, ministros do governo Bolsonaro, especialmente o ministro Tarcísio Freitas e suas equipes, os governos do Acre e Rondônia, e a Bancada Federal Acreana, que tanto se empenharam na conclusão da obra, mesmo em meio ao cenário desafiador que estamos todos enfrentando desde o final de 2019”.

Márcio Bittar diz ainda acreditar nas boas intenções do MPAC e que, convicto, segue certo de as razões sejam idôneas. “Mas trago aqui à reflexão do excesso e desproporcionalidade de tal medida, visto que nos termos propostos pelo MPAC, a inauguração da Ponte sobre o Rio Madeira ficará praticamente inviabilizada. Ratifico que tal medida ainda fere os direitos políticos e civis dos cidadãos que desejarem ir e vir ou que quiserem se fazer presentes à inauguração de uma obra esperada há mais de quarenta anos pelos acreanos”, disse.

O senador apelou ao que chamou de razoabilidade do MPA para rever a situação “certo de que é exatamente em momentos críticos que os líderes devem compreender seu verdadeiro papel e exercê-los com humildade”. É em meio – acrescentou – aos grandes desafios que a vaidade deve ser posta de lado e o bom senso deve prevalecer.

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