“Bem, amigos da Rede Globo.” O bordão não era ouvido em uma transmissão de futebol fazia 14 meses, quando Galvão Bueno se ausentou das “cabines” em razão da pandemia de Covid-19. Neste domingo, vacinado, ele narrou a decisão da Supercopa 2021 entre Flamengo e Palmeiras, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Mais uma vez, ele narrou o título do Flamengo, foi justamente a Supercopa de 2020 o último evento de Galvão. E a partida teve tudo: gol no início, muitas discussões e cartões, momentos de muita qualidade técnica, confusão nos vestiários e cobrança de pênaltis muito acirrada.
Em tom emocionado, ele abriu a transmissão com um agradecimento a Deus e à Ciência. Recentemente, o narrador tomou as duas doses da vacina em Candiota, um município pequeno do Rio Grande do Sul, o que permitiu que voltasse. A narração foi feita no estúdio de Globo em São Paulo. Caio Ribeiro e Junior nos comentários.
“A emoção toma conta de mim, mas vou repetir o que disse no Esporte Espetacular: não é uma vitória minha, é uma vitória de Deus e da Ciência. Uma vitória da vacina. Viva a vida”, disse.
A transmissão começou intensa para Galvão, teve gol no primeiro minuto, de Raphael Veiga. Em seguida, ele narrou a virada do Flamengo, com Gabriel e Arrascaeta, e o empate, novamente, dos pés de Raphael Veiga. Quando a partida se encaminhava para o final se posicionou fortemente contra a confusão que se instalou nos vestiários.
Vieram os pênaltis, com grandes defesas de Diego Alves e Weverton, inspirados. Por fim, narrou o chute derradeiro de Rodrigo Caio, mais um título contado pela voz que há 47 anos os telespectadores de futebol brasileiro se acostumaram a ouvir.