Ex-prefeita Socorro Neri não tem nome envolvido na Operação Assepsia II

“Não tive meu nome envolvido no processo, não fui chamada a prestar esclarecimentos e, por não ser parte, não tenho acesso ao processo investigatório”, disse, na manhã desta quinta-feira (15), a ex-prefeita Socorro Neri sobre a deflagração da Operação Assepsia II, da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU).

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A operação investiga possíveis fraudes na aquisição de máscaras e álcool em gel para o combate ao coronavírus, no ano passado, que teria resultado, segundo a Polícia Federal, em desvios de mais de R$ 1,2 dos cofres públicos, inclusive com o pagamento de propinas a agentes públicos. Seis pessoas são investigadas.

“Importante lembrar que exonerei os envolvidos no processo sob investigação, como forma de não pairar dúvidas quanto à lisura dos procedimentos de dispensa de licitação para a aquisição de insumos e medicamentos para o combate à Covid-19”, acrescentou a ex-prefeita. “À época, a prefeitura forneceu todas as informações solicitadas pela CGU e Polícia Federal”, acrescentou Socorro Neri.

Ela disse ainda que o gestor “de uma secretaria municipal é ordenador de despesa e, assim sendo, cabe ao gestor à época prestar os esclarecimentos necessários”. O gestor, no caso, seria o ex-secretário Otoniel Almeida, exonerado da função por Socorro Neri naquele ano. Ele não foi encontrado pela reportagem para falar sobre o assunto. É um dos seis investigados cujos nomes não foram revelados pela PF ou CGU porque o processo tramita em segredo de justiça.

O atual secretário municipal de Saúde, Frank Lima, não quis comentar o assunto por considerar que não seria ético. “Eu, que passei a vida toda falando e denunciando pessoas na área de saúde, como sindicalista dos setor, não posso falar agora sobre um processo que desconheço”, disse Lima. “Nos mais de cem dias em que estou á frente do cargo, não recebi nenhum documento tratando do assunto e por isso julgo que não sai ético falar sobre isso”, afirmou.

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