Rocha preferiu tocar governo paralelo a ter que ajudar o que elegeu

GÊNESIS DA RUÍNA

O início do fim começou para o vice-governador Wherles quando preferiu tocar um governo paralelo a fim de promover seu clã e os seus, ao invés de contribuir para que a gestão do titular, Gladson Cameli, desse certo. Faltou parceria, fidelidade. Sobrou insubordinação.

NÃO FALTOU ESPAÇO

E que ninguém diga que os cargos entregues à Wherles foram poucos. Desconheço um vice-governador que tenha exercido tanto poder em uma gestão. Mandou de cabo a rabo na Segurança Pública, controlava a Secretaria de Agricultura e Pecuária, manteve um gabinete com inúmeros apadrinhados… É muita coisa! Quem não lembra do governador na campanha dizendo que Wherles seria “o homem da Segurança”? Infelizmente não teve resultados positivos, a insegurança continuou reinando e só tivemos uma sensação de melhora quando Gladson tomou as rédeas.

DE VOLTA AO QUARTEL

Mesmo com seguidos ataques de Wherles, Cameli agiu com tranquilidade. Lembrei do ensinamento que diz que, “quando um não quer, dois não brigam”. Gladson colocou isso em prática, mas pelo visto o estopim chegou, o Diário Oficial desta quarta-feira, 7, trouxe a devolução de um grupo de militares ligados a Wherles, para o quartel. É o fim do conforto, do friozinho do ar-condicionado. A população agradece, realmente precisamos de mais homens nas ruas.

POLÍTICA NÃO TEM VÁCUO

Ouvi uma hipótese que me parece bem plausível, de que o vácuo no PSDB, pode ser a porta aberta para a entrada de Gladson, que já goza da simpatia do tucanato nacional, tendo sido, inclusive convidado pelo governador João Dória (SP), para se juntar ao ninho. Além disso, poderia escolher seu vice do Progressistas (Alysson Bestene é o nome preferido), sem formar uma chapa puro-sangue. Seria realmente uma boa jogada, a questão é onde entra o MDB nesta composição.

DEFESA DOS TERCEIRIZADOS

Normalmente, os grupos organizados que conseguem colocar um representante no parlamento são os trabalhadores da Educação, da Saúde e da Segurança. Na última eleição os terceirizados conseguiram um defensor. Nesses pouco mais de dois anos, essa é uma bandeira que o deputado Fagner Calegário (Podemos) vem empunhando, nunca deixou de se posicionar favorável às causas da categoria.

ESCURIDÃO

A Prefeitura de Rio Branco precisa urgentemente cuidar da iluminação pública. Quem anda por diversos pontos do centro da cidade à noite, se depara com a escuridão e o risco de ser assaltado. O vereador Hildegard Pascoal (PSL), fez a denúncia da mesma situação, mas na Gameleira, ponto turístico que deveria ser zelado com capricho, pois é um cartão postal da capital.

CALADINHO E ESQUECIDO

A situação dos moradores do bairro Caladinho é a de muitos bairros de Rio Branco, apesar de terem recebido um documento de posse de suas propriedades, o título não vale de nada. Para a Prefeitura de Rio Branco, é como se eles seguissem como uma invasão, portanto, não podem receber investimentos públicos.

MARKETING ELEITORAL

É preciso que o Ministério Público averigue essa situação, pois durante os governos passados, cidadãos de Rio Branco e do interior receberam esses títulos, às vésperas do período eleitoral em verdadeiros comícios, e muito dinheiro foi gasto a ação que pelo visto não passou de enganação e marketing eleitoral.

LEVANDO ENERGIA LIMPA

A primeira usina de energia solar em região isolada está sendo instalada, quem comemorou foi o governador Gladson Cameli, nas redes sociais. Em parceria com a Energisa, o governo conseguirá levar energia elétrica para a Vila Restauração, na Reserva Extrativista do Rio Juruá. Quase 200 famílias serão beneficiadas com o serviço.

FICA NO SOLIDARIEDADE

A deputada federal Vanda Milani (Solidariedade) se encontrou com o presidente da sigla, Paulinho da Força, para discutir os rumos do partido em 2021 no Acre. Ao que tudo indica, Vanda permanecerá no comando da agremiação no estado, ao contrário do que se ventilava, de que iria pular para o barco do PSDB.

BUROCRACIA BURRA

O governo federal tem feito todo tipo de lambança para atrasar a vacinação nos estados. Agora, as vacinas Sputnik V podem chegar após a data anunciada pelo Consórcio de Governadores que adquiriu, por conta dos trâmites burocráticos, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Eles dizem que há problemas com a documentação que os russos enviaram. Enquanto eles se preocupam com papéis, o Brasil registra mais de 4 mil mortes diárias pela Covid-19.

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