Depoimento de vigilante traz novas revelações sobre sumiço de médico acreano na Bahia

O sumiço do médico acreano Andrade Santana Lopes, de 32 anos, ocorrido no interior da Bahia na última segunda-feira (25), segue sem esclarecimentos.

Na quarta-feira (28) o caso foi amplamente divulgado. O médico seguia da cidade de Araci com destino a Feira de Santana e seu carro foi encontrado horas após ele parar de atender telefonemas e responder mensagens de amigos.

Andrade é natural de Brasileia, no interior do Acre. Ele é filho de Paulino Santana, um comerciante tradicional já falecido que trabalhava com artigos de pesca e não tem parentes na Bahia onde trabalha em duas cidades.

Veja os detalhes: Médico acreano desaparece na Bahia após marcar almoço com amigo; carro foi encontrado

Na tarde desta quarta-feira (26), o vigilante Jeferson Oliveira dos Santos, que trabalha no Hospital Municipal Nossa Senhora da Conceição, em Araci, um dos locais onde o acreano trabalha, prestou depoimento.

Andrade está desaparecido desde a segunda-feira/Foto: reprodução

A polícia também ouviu um médico amigo de Andrade, uma mulher com quem ele marcou um almoço e uma funcionária do hospital de Araci.

Segundo o site Acorda Cidade, o vigilante disse que Andrade sempre foi comunicativo e o último encontro entre os dois aconteceu por volta de 9h30 da manhã de segunda, quando o médico informou que estava indo a Feira de Santana resolver algumas pendências no 35º Batalhão de Infantaria (35º BI).

“Meu último contato com ele foi na própria segunda-feira, por volta de 9h30, quase 10h. Ele passou no Hospital para falar comigo que estava vindo para Feira de Santana resolver algumas coisas no Exército e depois tive contato com ele por mensagem por volta de 12h30. Ele é uma pessoa muito ativa comigo, conversa bastante, sempre dizia o local onde estava e não tem o costume de fazer isso. Inclusive ele tinha pacientes para serem atendidos com o Instituto Isa lá de Araci, já que ele é psiquiatra, mas não retornou para fazer esses atendimentos. Eu só vim dar conta do desaparecimento dele quando a funcionária do Isa entrou em contato com a gente perguntando a respeito dele e as mensagens não eram respondidas. Passamos a noite inteira ligando, mas o celular só dava caixa”, explicou ao site.

No depoimento, o vigilante informou que Santana nunca relatou nenhum tipo de ameaça que estivesse sofrendo e também não chegou a comentar sobre compra de moto aquática, que seria o motivo inicial da ida do médico para a cidade onde desapareceu.

“Ele nunca relatou sobre essa questão de ameaças comigo. Nós ficamos sabendo que o carro dele tinha sido encontrado depois da entrada de Berimbau. O carro estava trancado, tinha até uma batida, acredito que tenha sido no barranco, mas não foi uma pancada forte. Eu não estava sabendo que ele iria se encontrar com esse médico, muito menos que ele tinha pretensão de comprar um jet-ski, e acho muito difícil porque tudo ele sempre conversa comigo, quando iria comprar algo, me dizia, mas sobre esse assunto, ele não citou, só tinha dito que viria para Feira de Santana resolver algumas coisas no Exército, mas não comentou o que era, nem para a secretária dele, que trabalha na residência, ele comentou. Essas são as únicas informações que temos, quando ele conversou com a gente”, concluiu em entrevista ao site Acorda cidade.

PUBLICIDADE