Deputado Almi de MS não resiste a Covid, após 17 dias em UTI da Capital

CAMPO GRANDE (MS) – A semana não começou bem a família de José Almi de Moura, 58 anos, que viu as complicações da Covid 19, negativar seu estado de Saúde, na tarde desta segunda-feira (24). E horas depois, no fim da noite de ontem, as 23h45, o então mais conhecido Cabo Almi, deputado estadual do PT, não resistiu e foi a óbito no hospital da Cassems, em Campo Grande. Veja abaixo, a trajetória do segundo** deputado estadual de Mato Grosso do Sul, que morre pelo Covid 19.

No fim da tarde desta segunda-feira, o filho, Flávio Moura, havia pedido muitas orações, porque “agora só a fé salvaria o pai”. E o pai-deputado não aguentou, após ter ficado 17 dias internados na UTI, entre altos e baixos, lutando contra a doença. A última atualização divulgada pela família, confirmava que o quadro clínico do parlamentar era gravíssimo.

Almi nesta segunda-feira, obteve uma piora substancial no quadro de saúde, devido as complicações da Covid 19, que lutava a 20 dias, desde que testou positivo para o Coronavirus, no último dia 5. Ele foi internado para tratar da doença, após três dias da testagem, indo da casa com 70% dos pulmões comprometidos, direto para UTI, onde estava até hoje. A piora foi confirmada pela família no fim da tarde, após receber relato médico.

O deputado havia tido até uma melhora considerável, até sábado, segundo os médicos. Mas, hoje, quadro de infecção voltou atacar e fez regredir todo progresso. “O estado do meu pai é gravíssimo e estão fazendo de tudo por ele, a medicina está chegando ao fim no que é possível fazer por ele. Eu peço que orem, estive com os médicos e me alertaram que o estado é gravíssimo”, revelou Flávio ao falar da situação delicada do pai no fim da tarde.

** O então colega, deputado Onevan de Matos, faleceu em novembro de 2020, após meses internado, também em decorrência da Covid.

Histórico

José Almi Pereira Moura ou “Cabo Almi” como era conhecido, nasceu no município de Jardim Olinda (PR), em 17 de dezembro de 1962, filho do lavrador Finelon Pereira de Moura e da dona de casa Creuza Vieira da Silva Moura.

Já no ano de 1963, a família se mudou para o Distrito de Lagoa Bonita, em Deodápoli-MS, para o cultivo de lavoura. Em fevereiro de 1982, Almi veio para Campo Grande e trabalhou como cobrador de ônibus, foi empacotador e promotor de vendas de indústria de alimentos e formou-se como torneiro mecânico pelo Senai.

Em outubro de 1983, prestou concurso para soldado da Polícia Militar. Em 1987, se casou com Irene Carolina de Oliveira, com quem teve três filhos: Flávio, Fabrícia e Monique. Em 1988, foi aprovado no concurso para cabo da PM.

No início da década de 1990, ajudou a fundar o Grêmio 8 de Abril, do qual foi presidente por seis anos, até entrar na politica partidária e disputar uma vaga na Câmara Municipal. Em 1996, foi eleito vereador em Campo Grande, pelo Partido dos Trabalhadores.

Assumindo cargo de vereador em janeiro de 1997, e foi reeleito por mais três mandatos, onde ficou na Câmara até 31 de dezembro de 2010. Naquele ano, se candidatou a Assembleia Legislativa e assumiu a vaga de deputado estadual em janeiro de 2011, onde estava até hoje, no terceiro mandato parlamentar pelo PT.

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