Os trabalhadores em Educação do Acre, que estão em greve desde o dia 10 de maio, realizaram um panelaço em frente à Procuradoria Geral do Estado (PGE), nesta sexta-feira (21).
Com o apoio e coordenação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sintesac), eles pedem que a PGE aprove o parecer com a proposta do governo à categoria, que está no órgão há pelo menos 4 dias. Após a aprovação, o documento deve ser encaminhado à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
A pauta tem a ver com correção das perdas inflacionárias que afetam os trabalhadores desde 2018, além da correção das tabelas.
O retorno das aulas, que estava previsto para o dia 10 de maio, foi suspenso pela classe, que ainda não tem previsão para o fim da greve.
“São 3 anos de atraso. Essa PGE já está com a proposta do governador e não libera o parecer para que ele vá para a Aleac. Inadmissível. Só vamos sair daqui com o que nos foi proposto. Com mais de 20 procuradores aí, é impossível que esse documento fique emperrado por falta de tempo”, disse a presidente do Sintesac, Rosana Nascimento.
Os trabalhadores ainda não sabem o que consta na proposta enviada pelo governador Gladson Cameli ao órgão controlador das contas do Executivo.
“Não temos previsão para acabar a greve. Quem deve dizer quando a greve vai acabar é a PGE e o governador, que estão com nosso proposta travada aqui”, continuou Rosana.
Membros do cadastro de reserva do concurso de 2018, da Educação, também participaram do panelaço pedindo a convocação dos mais de 400 classificados.
“O governo prefere contratar provisórios do que chamar quem está aguardando a convocação de um concurso de 2018. Tem vaga, tem dinheiro, só não tem boa vontade”, disse Izael Lima de Souza, de 39 anos.