Exigindo a presença de algum membro da Prefeitura de Rio Branco, os proprietários de estabelecimentos comerciais do camelódromo de Rio Branco fecharam a Avenida Ceará na manhã desta segunda-feira (17).
O prefeito Tião Bocalom mandou remover as barracas na noite do sábado (15), no Calçadão da Benjamim Constant, em frente ao Colégio Acreano.
O gestor esclareceu que após a construção do Aquiri Shopping as instalações no calçadão se tornaram irregulares.
“Devido a não remoção das barracas naquela oportunidade, outras pessoas se instalaram ali e passaram a pagar aluguel, de forma irregular, aos antigos permissionários. A atual gestão, em respeito a estes trabalhadores, promoveu duas reuniões com a comissão que os representa e propôs a saída negociada do local, comprometendo-se em apresentar uma solução em até 30 dias, período em que fará um levantamento detalhado sobre a condição de cada camelô, procurando identificar aqueles que realmente estão necessitados e que não foram contemplados com lojas no Aquiri Shopping”, disse a prefeitura, em nota.
Os trabalhadores protestam contra a decisão do prefeito e querem permanecer no local.
“Tivemos nossas barracas derrubadas de forma injusta e violenta. Nós queremos trabalhar, é só isso. Vamos ficar aqui, até aparecer alguém da Prefeitura para dialogar com a gente”, explicou um dos manifestantes. O ponto de fechamento fica em frente ao Estádio José de Melo.
A carreata dos profissionais da Educação, que pedem aumento de salário do governo do Estado, ganhou permissão para passar pelo local. O trânsito no Centro de Rio Branco está congestionado.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre, Rosana Nascimento, conseguiu conversar com o grupo de camelôs e garantir a passagem dos manifestantes da Educação, com muita dificuldade.