A família do médico Andrade Santana Lopes, 32 anos, que está desaparecido deste a última segunda-feira (24), chegou na quarta-feira (26) a Feira de Santana. Os familiares saíram do Acre em busca de encontrar o rapaz.
A mãe do médico, Domitila Lopes, disse em entrevista à imprensa local que manteve contato com o filho no último domingo (23) por meio do WhatsApp e disse que ele estava em casa, nesse dia, bebendo com amigos.
Ao site Acorda Cidade, ela disse que está sem dormir desde o dia que o filho sumiu.
“É muito triste, acho que é a última fase de uma mãe ter um filho desaparecido. A dor maior que uma mãe pode estar passando. Estou vivendo pela misericórdia de Deus, mas estou na esperança de que terei ele de volta. No domingo, a gente se falou por mensagem de WhatsApp. Eu só percebi nas mensagens que ele estava bebendo e daí, segundo meu sobrinho, ele estava bebendo em casa com colegas, só que eu não sei informar quem era. Ele tinha muitos amigos bons”, relatou.
Lopes disse que o filho queria muito que ela fosse visitá-lo, mas devido a pandemia adiaram a visita. “Eu já vim a Feira uma vez, e ele queria comprar a passagem pra eu vir a Feira, mas devido à pandemia e meu esposo ter 73 anos, a gente tinha medo de eu pegar e levar a Covid, por isso eu não estava vindo, mas a gente se falava, ele me mandava corações e dizia que me amava”, disse.
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Ela fez um apelo para que o filho volte para casa “Quero meu filho de volta, quem estiver com meu filho, por favor devolva. Sou mãe, ninguém sabe a dor que estou passando. Quero meu filho de volta, vivo, do jeito que ele estava. Sofri muito pra criar meu filho, pra ele estudar na Bolívia, foi sofrido, falta de dinheiro, tirar o sereno contando as moedas, e agora que ele estava bem, ele era um bom filho, e perguntava o que eu estava precisando. É um filho ótimo, maravilhoso, um amigo amoroso. Não sei o que aconteceu com meu filho”, desabafou.
Ivanilda Lopes, tia do médico, disse que a família ficou sabendo do desaparecimento de Andrade através dos amigos. Ela disse que há quatro anos o sobrinho trabalha em Araci, e fazia um mês que ela teve contato com ele.
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“Faz quase um mês que eu tive contato com ele, mas meu sobrinho e minha sobrinha que já estavam com as passagens compradas pra vir passar o final de semana com ele, tiveram contato com ele no dia anterior. Inclusive, ele tinha mandado dinheiro pra eles trazerem algumas encomendas do Acre pra cá. Ele estava aqui sozinho”, afirmou a tia.