Ato de vergonha e covardia. Assim classificou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, a retirada das assinaturas da CPI da Educação por parte dos deputados estaduais Fagner Calegário (Podemos) e Jonas Lima (PT).
A declaração foi feita durante manifestação que marcou o início da greve dos trabalhadores da educação pública estadual, na manhã desta quinta-feira (13), em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e do Palácio Rio Branco, no Centro da capital.
“Esses deputados não terão o perdão da educação. São inimigos do povo acreano”, afirmou a sindicalista.
A retirada de ambas as assinaturas culminou na anulação do pedido de criação da CPI, que havia conseguido os oito apoios necessários mais um. A comissão teria por objetivo investigar supostos escândalos de corrupção em uma das maiores pastas do estado.
A greve da educação foi deflagrada por tempo indeterminado. Os professores lutam pelo pagamento de benefícios prometidos, como auxílios para cobrir gastos com o trabalho remoto durante a pandemia.
Além disso, eles cobram da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (SEE) a reestruturação do plano de cargos e carreiras, o pagamento da VDP e a vacinação dos professores contra a Covid-19.
O movimento denunciam ainda excesso de turmas para professores, excesso de alunos por turma, ausência de educadores por disciplinas e o não chamamento de cursados.