Amamentação com Covid-19 transmite anticorpos para o bebê, segundo estudo

amamentação por mulheres infectadas com a Covid-19 não possui nenhum vestígio do coronavírus e é transmissora direta de anticorpos para o bebê, segundo pesquisa pública espanhola em pré-print.

O estudo, realizado no âmbito de uma iniciativa chamada MilkCorona, do Conselho Superior de Pesquisa Científica (CSIC), e um hospital universitário de Valência, mostrou que nenhuma das 60 amostras de leite materno analisadas pelos cientistas contém vestígios do RNA do coronavírus.

Três classes de anticorpos foram procuradas no leite materno das mulheres, IgG, IgA e IgM.

A maioria das amostras (82,9%) continha pelo menos uma das três classes de anticorpos, enquanto mais da metade (52,9%) era positiva para todas as três.

Apenas 17,1% dos espécimes não continham nenhum anticorpo para o coronavírus.

Outro estudo estudo realizado pela mesmos pesquisadores estava interessado nos anticorpos presentes no leite materno após a vacinação contra o coronavírus.

Mulheres amamentando vacinadas com as formulações Pfizer, Moderna ou AstraZeneca forneceram amostras de leite após a injeção e até 30 dias após a segunda dose para as vacinas de mRNA (não há dados após a segunda dose para AstraZeneca).

Os cientistas encontraram anticorpos IgA e IgG para a proteína S. Ambas as classes de anticorpos disparam após a primeira dose e mais ainda após a segunda dose.

Imagem: Reprodução/Web

As vacinas do mRNA estimulam bem o sistema imunológico e os anticorpos estavam presentes no leite materno, especialmente o IgG. O IgA também, mas em proporções menores.

Os anticorpos também foram detectados no leite materno de mulheres vacinadas pela AstraZeneca, mas em quantidades muito menores.

Os cientistas observaram grandes variações na quantidade de anticorpos entre as mulheres.

Mesmo tomando as mesmas vacinas, algumas desenvolveram o dobro de anticorpos e outras não alcançaram o mesmo resultado.

Apesar de os cientistas estarem cientes de que anticorpos contra o coronavírus estão presentes no leite materno, não é possível afirmar com certeza se eles protegem os bebês contra a Covid-19, mas, de acordo com a conclusão do artigo, é possível prever uma imunidade passiva contra a infecção.

“Considerando a falta de evidências para a transmissão da SARS-CoV-2 pelo leite materno, nosso estudo confirma a segurança das práticas de amamentação e destaca a relevância da transferência de anticorpos específicos do vírus SARS-CoV-2, que proporcionaria imunidade passiva aos bebês amamentados e os protegeria contra a Covid-19. Este estudo fornece dados cruciais para apoiar as recomendações oficiais de amamentação materna com base em evidências científicas”, concluem os pesquisadores.

Com informações retiradas do site: https://socientifica.com.br/

PUBLICIDADE