Audiência entre Governo e Sintesac acaba sem acordo e paralisação continua

Foi realizada na manhã desta quarta-feira (9), no Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), a audiência entre o Governo, representado pela Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Cultura (SEE), e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac), para tratar das reivindicações dos profissionais que estão em movimento de protesto no Acre, com as aulas paralisadas.

Na ocasião, a secretária Socorro Neri apresentou ao Sinteac as 11 medidas anunciadas pelo governo na última quarta-feira (2), que têm a ver com o pagamento da Vantagem por Desempenho Profissional dos Professores (VDP), em um investimento que chega a R$ 17 milhões; contratação de novos docentes; adequação das escolas para a recepção dos alunos no retorno às atividades presenciais; retorno do adicional do ensino especial e uso de instrumentos como dedicação exclusiva e complementação de carga-horária.

Uma nova audiência foi marcada para a próxima quinta-feira (17), quando o executivo e a categoria vão decidir sobre o futuro da Educação no Estado.

“Apresentei as 11 medidas propostas pelo Governo do Estado, já anunciadas na última quarta-feira, 2, em coletiva com o governador Gladson Cameli, para que a educação do Acre siga avançando. Ainda hoje, a SEE encaminhará formalmente ao Sindicato essas propostas para apreciação, e na quinta-feira, 17, retomaremos a audiência para dar os devidos fins”, disse Socorro Neri ao ContilNet.

Nossa reportagem entrou em contato com a presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, que afirmou que as propostas serão avaliadas na sexta-feira (11) pela assembleia aeral do sindicato. É provável que uma contraproposta seja elaborada e apresentada na próxima audiência. Até lá, as aulas seguem paralisadas.

“Não estamos contentes e satisfeitos com o que foi apresentado na audiência. Ainda não temos proposta de reajuste do piso, mudança nas carreiras dos professores e gestores, etc. Vamos apresentar as medidas adotadas pelo governo na semana passada e levadas hoje à audiência pela secretária, mas é bem possível que uma contraproposta seja elaborada. As aulas seguem paralisadas, até que tenhamos uma negociação de verdade”, disse a sindicalista.

“O que nos foi dito lá é que nós, enquanto educadores, precisamos nos preocupar com a situação das nossas crianças e adolescentes que estão sem aula, mas eles não devem se preocupar, também? Não se preocupam com os profissionais que estão sendo desvalorizados há tanto tempo?”, questionou.

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