Criação de liga dos clubes pode fazer Brasileirão mudar de nome

O encontro entre dirigentes dos clubes brasileiros a representantes da CBF terminou com otimismo para a criação imediata de uma liga para organizar o Campeonato Brasileiro a partir de 2022.

Os membros das equipes presentes no encontro apresentaram o documento com a assinatura de 19 dos 20 clubes da Série A para tomar as rédeas do torneio.

Como o produto hoje pertence à CBF, foi debatido inclusive a possibilidade de trocar o nome da competição, cujos direitos estão ligados à entidade máxima do futebol brasileiro.

A criação da liga é um movimento que amadureceu nas últimas semanas, e englobaria não apenas os 20 clubes da Série A, mas também os 20 da Série B, que foram convidados.

O modelo seria semelhante ao que é feito na Espanha, com as duas principais divisões organizads pela “La Liga” e as demais pela federação nacional.

A CBF vai emitir nota oficial depois de ser representada no encontro pelo presidente interino Coronel Nunes e pelo secreetário-geral, Walter Feldman.

Segundo os dirigentes que participaram do encontro, o documento foi entregue sem qualquer ruptura ou questionamento, até porque não há hoje essa possibilidade.

“Eles estão tontos”, disse um dirigente.

Os clubes entendem que a realização da liga depende apenas deles. Cria-se e começa-se a jogar. A CBF não teria qualquer ingerência para negociar comercialmente o produto.

Na reunião, os clubes também pleitearam maior participação nas tomadas de decisão da CBF. E querem participação igualitária em relação às federações nas eleições da entidade.

O movimento tomou corpo em meio ao processo de afastamento do presidente da entidade, Rogério Caboclo, acusado de assédio sexual por uma funcionária. Mas o amadurecimento da ideia já vinha acontecendo em debates nos bastidores. A principal motivação são as dificuldades financeiras oriundas da pandemia, que prejudicou as receitas de todos.

Entre os dirigentes presentes na CBF estava o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, acompanhado do vice-geral e jurídico Rodrigo Dunshee. O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, também acompanhou a comitiva, assim como Maurício Galiotte, do Palmeiras, e Guilherme Bellintani, do Bahia.

Pela manhã, o presidente do São Paulo, Júlio Casares, publicou um vídeo no Instagram em que defende a união dos clubes por “interesses comuns”.

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