CAMPO GRANDE (MS) – O governo do Estado de Mato Grosso do Sul, vendo a vacinação contra o Covid 19, de certa maneira se adiantar no Estado, visa reduzir a pandemia em MS e já se projeta a prever um futuro com recuperação ou contribuição a diversos setores da economia estadual. Assim, nem o frio que amanheceu em Campo Grande, nesta segunda-feira (28), fez o governador Reinaldo Azambuja adiar o lançamento de um ‘mega pacote’, que terá quase R$ 800 milhões injetados na retomada da economia de MS.
Conforme anuncio, famílias de baixa renda e setores como turismo, bares e restaurantes, foram, sem dúvida alguma, os mais impactados pela pandemia. E em Mato Grosso do Sul, para enfrentar essa situação, terão recursos ou maneiras de planejar uma recuperação. No total, R$ 763 milhões, serão injetados em três eixos – auxílio financeiro, medidas fiscais e microcrédito orientado.
O governador ressaltou que a aplicação dos 763 mi e o avanço da vacinação vão impulsionar o Estado para um momento de recuperação econômica e combate às desigualdades sociais. “Cada área sentirá o seu desempenho, mas a soma deste recuros ou ações representam ao conjunto de MS, a maior investida contra os impactos econômicos provocados pela pandemia. E como sociedade, um leva ao outro e seus beneficios, irão beneficiar o individual e o coletivo”, avaliou o governador.
Recursos divididos
De acordo com dados apresentados, ao setor turístico estão previstos auxílio emergencial para trabalhadores deste segmento, isenção ou redução da alíquota de ICMS e isenção do IPVA, além de editais de inovação e promoção de eventos no valor de R$ 4 milhões, e linhas de microcrédito com juro zero.
Para o setor cultural, além do auxílio emergencial no valor total de R$ 24 mi, um pacote de investimentos de R$ 21 milhões do FIC; mais R$ 15 milhões em festivais novos e tradicionais; e R$ 18,65 milhões em obras de reformas do patrimônio cultural.
E através do programa Mais Social, cerca de 100 mil famílias serão contempladas com o cartão alimentação de R$ 200,00 mensais. Somente com o Mais Social, o Governo prevê investir até R$ 380 milhões até o fim de 2022.
Histórico
Desde 26 de fevereiro de 2020, quando foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 no Brasil, distanciamento social, toque de recolher e demais medidas de biossegurança necessárias para salvar vidas derrubaram o rendimento e impuseram dificuldades a comerciantes, operadores do turismo, proprietários de bares e restaurantes, organizadores de eventos, artistas e agentes de viagens, entre outros trabalhadores.
Pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) mostrou que a desigualdade cresceu durante a pandemia e a renda média do brasileiro recuou de R$ 1.122, entre janeiro e março de 2020, para R$ 995, no primeiro trimestre deste ano – o menor valor da série histórica e, pela primeira vez, um montante abaixo de R$ 1 mil.