CAMPO GRANDE (MS) – Com morte até de uma criança de 2 anos, o Mato Grosso do Sul mostra mesmo a pior fase da Pandemia do Covid 19, em fim de praticamente três semanas em piora da situação. O MS ultrapassa 7 mil óbitos pelo coronavirus desde o início da pandemia. Os números são desta sexta-feira (4), com a divulgação, a pouco, do boletim epidemiológico, que aponta ainda 56 novos óbitos confirmados. A SES (Secretaria estadual de Saúde), ressalta que vem baixando muito a idade dos que não conseguem escapar.
Conforme a SES, o registro de um menino, de apenas 2 anos, é de morte na última quarta-feira (2) em Chapadão do Sul, mas que registrada apenas hoje. Ele não tinha comorbidades e estava infectado havia pelo menos seis dias. “E com essa confirmação, são 11 vítimas de pessoas com 18 anos ou menos em território sul-mato-grossense. Bem como, mais da metade (29) do que foi apresentado hoje, eram de pacientes com menos de 60 anos”, disse o secretário estadual de Saúde Geraldo Resende.
O número de infectados nas últimas 24 horas é de 768 novos casos. Até o momento são 298.091 casos confirmados em MS, número que se aproxima da marca de 300 mil casos. Com as 56 pessoas, que perderam a vida hoje, MS marca 7.032 mortes.
Resende lembra que ao longo dos últimos meses, os mais velhos têm passado a ser menos vitimados pela doença, ao passo em que os mais jovens têm estado mais vulneráveis por conta das variantes, mais letais e infecciosas, como também pelo afrouxamento de medidas sanitárias e descaso da população. “A lógica é simples: ainda que idosos estejam mais protegidos por conta dos efeitos benéficos da vacinação, e morrendo menos, com cada vez mais afrouxamento e mutações genéticas do coronavírus, os mais jovens se infectam mais e muitos acabam precisando ir para UTI”, disse.
UTIs continuam e irão ficar lotadas
Os pacientes que seguem em tratamento nas unidades hospitalares públicas são 561 em leitos clínicos, onde são tratados casos de menor gravidade e 417 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), local em que estão os mais graves. O total de internados é de 1.303, entre as redes públicas e privadas de saúde, apresentando mais uma vez acréscimo acentuado.
Assim, a vacinação em MS é exemplar na comparação com outras unidades da federação, mas os leitos de terapia intensiva estão cada vez mais superlotados. A macrorregião de Campo Grande, que engloba maior parte dos municípios bem como a própria Capital, registrou taxa de ocupação de 107% nesta manhã.
Isso significa que não há vagas em unidades vinculadas ao SUS (Sistema Único de Saúde), e há excedente de 7% em leitos não oficiais ou mesmo inadequados.
A lotação à nível estadual tem feito até com que hospitalizados tenham de ser encaminhados para outros estados brasileiros que apresentam menor crise hospitalar que aqui. O MS já enviou 10 pacientes ao Estado de Rondônia.