Pantanal de MS tem 20 animais encontrados mortos por possível envenenamento

CORUMBÁ (MS) – Em 2020 o fogo destruiu quase 30% do Pantanal de Mato Grosso do Sul e dizimou milhares de animais, causando comoção e mobilização pelo Brasil e até mundo. Agora, neste mês de junho, possível envenenamento pode ter matado dezenas de animais, entre eles onças-pintadas, urubus, gavião, cachorro do mato e moscas. A descoberta e provável constatação foi feita nesta semana, onde ao menos 20 carcaças foram encontradas na região do Passo do Lontra, em Corumbá, a 420 km de Campo Grande Capital.

Uma Investigação apura se as mortes foram provocadas devido ao uso indevido de veneno agrícola ilegal, pois o mais novo desastre foi encontrado com os bichos mortos de uma só vez no Pantanal sul-mato-grossense, no último fim de semana. O caso chamou atenção de autoridades e entidades ambientais. As suspeitas de uso indevido de veneno agrícola, conforme o site, é reforçada pelo fato de nenhum dos 18 animais terem sido encontrados com marcas de tiro, briga ou qualquer outra forma violenta.

O pesquisador e médico veterinário Pedro Nacib, 36 anos,  do Instituto Reprocon (Reprodução Para Conservação), falou a imprensa, que o órgão, já sabia que algo havia acontecido, pois eles tinham animais, onças, que eram monitoradas, e sumiram. “Das duas onças encontradas sem vida, estava uma adulto, de 140 quilos, que vinha sendo monitorado e utilizava colar de radiotelemetria e seguia por GPS. E o colar usado pelo felino já indicava a morte do animal, no início de maio. Mas equipes  só puderam se deslocar ao local, no último dia 12”, explicou Pedro.

O Instituto notificou os órgãos responsáveis pela fiscalização, solicitaram que equipes retornassem ao local, nesta quinta-feira (17), onde representantes do instituto e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), periciaram as carcaças encontradas.

Gavião também foi encontrado por representantes ambientais (Foto: Pedro Nacib/Reprocon)

Recolhimento de provas

Os agentes do Ibama,  pegaram materiais biológicos, que foram recolhidos e a propriedade rural onde os animais foram encontrados foi notificada, podendo responder legalmente.

“Caso seja comprovada essa hipótese, sem dúvida se trata de algo criminoso e cruel. Esse tipo de veneno pode deixar resíduos tanto na carcaça quanto no solo por pelo menos 6 meses, o que fica caracterizado pela maneira com que os animais morreram e foram encontrados. Quem fez isso sabia o que ocorreria com quem tivesse contato”, afirmou Pedro, ao site.

Carcaça de cachorro do mato (Foto: Pedro Nacib/Reprocon)

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