PF buscou traficantes de armas e drogas em MS, Acre e mais seis estados

CAMPO GRANDE (MS) – A PF (Polícia Federal) realizou nesta terça-feira (29), mais uma Operação, a ‘Teseu’ , que buscou traficantes de armas e drogas em Mato Grosso do Sul, Acre e outros seis Estados, espalhados pelo Brasil. A PF cumpriu 46 mandados, além de 49 ordens de sequestro de imóveis, carros e bloqueio de contas. A ação visava prender integrantes de quadrilha de tráfico de drogas, armas e munições, que agem na região de fronteira da Bolívia e abastece os mercados criminosos do País, principalmente no Nordeste.

Conforme a PF, a ‘Teseu’ tinha mandados sendo cumpridos por 110 policiais federais no MS, Mato Grosso, Pernambuco, Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Paraíba e Goiás. A assessoria da PF ainda não divulgou quantos foram cumpridos aqui no Estado ou em cada um. Mas, mandados eram direcionado em MS, para Campo Grande e Ponta Porã. Já cumpridos buscas judiciais seriam em Goiânia (GO);  Recife, Camaragibe, Vitória de Santo Antão e Petrolina(PE); Jaboatão dos Guararapes (RJ) e Rio Branco (AC). Em Juazeiro e Salvador (BA), Natal (RN); Cuiabá, Várzea Grande e São Bento (MT).

Segundo a polícia, 49 pessoas foram indiciadas ao longo da investigação, desencadeando a Operação Teseu hoje, comandada pela PF de Barra dos Garças (MT). Foram expedidos pela Justiça Federal 23 mandados judiciais, sendo 4 de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão, além de 49 ordens de sequestro de imóveis e veículos e bloqueio de ativos financeiros.

A PF explicou que as investigações que resultaram na presente operação, iníciaram em agosto de 2020, quando a PF em Barra do Garças prendeu em flagrante um dos integrantes da organização criminosa que era responsável pelo transporte dos ilícitos em cargas de ração animal. “Após a prisão foi possível identificar esquema de transporte de drogas e munições, composta por vários membros, dentre eles familiares de internos de estabelecimentos prisionais. A droga adquirida na Bolívia era transportada em caminhões, a partir de Mato Grosso para o Nordeste do País.”, registrou a PF.

Dupla dos milhões

De acordo com dados da PF, somente dois operadores do esquema movimentaram milhões de reais em prazo menor que dois anos. Para isso, usaram empresa de fachada para camuflar a origem ilícita do dinheiro.

No decorrer da operação, foram identificadas transações financeiras suspeitas que revelaram a existência de uma sofisticada rede de empresas utilizada pelos líderes da organização criminosa para o financiamento de suas despesas pessoais, a partir da lavagem do dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

Nome Teseu

A operação foi denominada Teseu por conta do personagem da mitologia grega que, em uma longa viagem em seu navio realizou substituições contínuas de peças, dificultando a identificação. Essa foi analogia feita para o processo de lavagem de dinheiro, que se vale de uma sequência de operações financeiras para dissimular a origem ilícita de recursos.

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