PF passa a investigar mortes de 20 animais no Pantanal MS

CORUMBÁ (MS) – A terrível noticia que demos no último sábado(19) de que Pantanal de MS tem 20 animais encontrados mortos por possível envenenamento , agora passará a ser investigação de caso pela PF-MS (Polícia Federal em MS). A PF assumiu as investigações da ‘misteriosa’ morte dos animais, entre eles duas onças-pintadas, em uma propriedade rural na região do Passo do Lontra, município de Corumbá – a 419 KM de Campo Grande. Já foi revelado nesta segunda-feira (21), que exames periciais foram realizados no local.

A PF divulgou nota hoje, declarando a entrada Federal no caso, por ser Meio Ambiente, envolvendo o Meio Ambiente de responsabilidade Federal. A nota aponta que a equipe policial esteve na propriedade acompanhada de servidores do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), já na quinta-feira (17). No local ainda encontraram duas onças-pintadas, uma carcaça de bovino, um cachorro do mato, dois carcarás e 14 urubus, todos em estado de decomposição.

“Os Policias Federais realizaram diligências preliminares na propriedade rural, sendo realizados exames periciais de local e coleta de material com a finalidade de determinar as causas das mortes dos animais”, diz nota da Superintendência da PF em MS.

A suspeita é de que a morte dos animais tenha sido provocada pelo uso indevido de veneno agrícola ilegal. Essa suspeita foi cogitada pela maneira como os bichos foram encontrados: sem nenhuma marca de tiro, briga ou qualquer outra forma violenta.

Duas onças foram vitimas da possível matança

Instituto rastreador ‘descobriu’ a matança 

O Instituto Reprocon (Reprodução Para Conservação) revelou que sabia de onças, pois elas utilizavam colar de radiotelemetria e era monitorado por GPS, que estavam parados. “Das duas onças encontradas sem vida, estava felino adulto, de aproximadamente 140 quilos, que vinha sendo monitorado por especialistas. o colar usado pelo felino já indicava a morte do animal, no início de maio. Mas equipes do Instituto só puderam se deslocar ao local, no dia 12 de junho”, declarou o pesquisador e médico veterinário Pedro Nacib.

Recolhimento de provas

Os agentes do Ibama,  pegaram materiais biológicos, que foram recolhidos e a propriedade rural onde os animais foram encontrados foi notificada, podendo responder legalmente.

“Caso seja comprovada essa hipótese, sem dúvida se trata de algo criminoso e cruel. Esse tipo de veneno pode deixar resíduos tanto na carcaça quanto no solo por pelo menos 6 meses, o que fica caracterizado pela maneira com que os animais morreram e foram encontrados. Quem fez isso sabia o que ocorreria com quem tivesse contato”, afirmou Pedro, ao site.

carcaça de cachorro do mato (Foto: Pedro Nacib/Reprocon)

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