A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas reforçou o policiamento em Manaus e na Região Metropolitana após uma onda de ataques na capital nesta madrugada. De acordo com a pasta, ao menos 17 focos de incêndio foram causados em resposta à morte de um traficante. Um comitê de crise foi instaurado para apurar as circunstâncias dos incêndios e da depredação de prédios em Manaus e nos municípios de Parintins e Careiro Castanho.
De acordo com o Centro de Operações Bombeiro Militar (Cobom), ao menos 16 veículos foram queimados, assim como um estabelecimento comercial e um transformador de energia elétrica. Ao todo, 14 ônibus e duas viaturas foram incendiadas. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi interceptada por criminosos, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública.
De acordo com informações iniciais da pasta, a ordem dos ataques partiu de dentro de um presídio. A secretaria informou que o nome dos mandantes está sendo levantado para que sejam transferidos para um presídio federal.
Questionada, a secretaria não informou as circunstâncias da morte do suposto traficante.
“Determinei às forças de segurança que reforcem o policiamento nas ruas nesse domingo. Criamos um comitê para apurar os atos de vandalismo na capital e região metropolitana e punir os responsáveis. Não toleramos o crime organizado e vamos continuar combatendo o tráfico de drogas”, disse o governador do estado, Wilson Lima (PSC), pelo Twitter.
Os incêndios em veículos ocorreram em diversos bairros de Manaus, dentre eles Planalto, Petrópolis, Santa Etelvina, São José 2, Novo Aleixo, Cidade de Deus, Japiim, Tarumã Açu, Jorge Teixeira, Armando Mendes e Flores.
Devido aos ataques, a circulação de ônibus por Manaus ficou suspensa até meio-dia deste domingo. O Instituto Municipal de Mobilidade Urbana chegou a liberar a frota às ruas às 6h, mas voltou a recolher os ônibus após um novo ataque, às 6h45.