Thor da Netflix: entenda o sucesso da 2ª temporada de Ragnarok

Parte do processo de internacionalização da Netflix, a série dinamarquesa Ragnarok fez sucesso logo na primeira temporada: a receita foi a mistura de drama adolescente com a mitologia nórdica.

O segundo ano da atração, que estreou recentemente no streaming, mantém em alta a popularidade da produção, que está entre as mais vistas do Brasil e do ranking geral.

O sucesso da mitologia nórdica, é inegável, está associado às recentes produções da Marvel: que faz sua própria leitura de Thor, Odin e Loki – personagem que ganhará série própria no Disney+, em 9 de junho. Com grande hype em cima do tema, a Netflix não queria ficar para trás.
Porém, o serviço de streaming foi buscar outra fórmula: que fica ainda mais evidente na 2ª temporada. Em Ragnarok, a mitologia é explorada de forma mais “purista” – se é possível falar disso de uma tradição oral, que se estende por muitos séculos.

Neste novo ano, Ragnarok se afasta dos dramas juvenis e mostra Thor/Magne compreendendo seu papel como um Deus, que precisa seguir em sua luta contra os gigantes da família Jutul, custe o que costar.

Ao mesmo tempo em que o protagonista ganha força, os outros personagens têm mais tempo de tela nesta sequência, melhorando o seriado – destaque para Laurits/Loki, Saxa, Iman e Wotan/Odin.

Origens do sucesso

A fórmula parece ter agradado a audiência brasileira, desde sua estreia em 28 de maio, a segunda temporada de Ragnarok não deixou o TOP 3 das séries mais vistas da Netflix.

Chegando a liderar no dia do lançamento da leva de novos seis episódios. No Rotten Tomatoes, a produção tem 96% de aprovação do público.

“Nesta segunda temporada, a série está menos preocupada com o amadurecimento dos personagens e se concentra mais em sua própria reimaginaçaõ da mitologia nórdica”, aponta Sheena Scott, da Forbes.

Ragnarok, na atual leva de episódios, segue o que deu certo no primeiro ano – e se afastada o lance Crepúsculo/triângulo amoroso sobrenatural –: a abordagem da mitologia nórdica nos tempos atuais. Thor e Odin não lutam somente contra gigantes em uma disputa de seres fantásticos, a briga é pela própria sobrevivência da terra, já que os vilões representam o machismo, a destruição do meio ambiente, a concentração de renda, a exploração dos recursos naturais e outros elementos contemporâneos.

Assim, a guerra dos deuses e gigantes ganha novo caráter e se aproxima dos debates contemporâneos. Qual a responsabilização de empresas que poluem e destroem o ambiente? É possível um mundo mais sustentável ecologica e economicamente?

Essas são questões que devem aparecer na terceira temporada, que, mesmo ainda não confirmada, é quase certa, devido ao sucesso.

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