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Saúde, performance e bem estar. Esses são alguns dos benefícios que os praticantes do Futcross almejam quando se matriculam nas aulas ministradas pelo professor Léo Raches na Arena Artur Soccer, em Rio Branco.
Raches é ex-jogador de futebol profissional, tendo atuado em várias equipes acreanas, e chegando a jogar na base do Vasco da Gama, do Rio de Janeiro. Teve a carreira interrompida, segundo ele, por lesões e farras. Hoje evangélico, ele canalizou todo seu potencial mal utilizado dos tempos de atleta para ensinar para crianças, jovens e adultos os fundamentos do esporte mais praticado do mundo.
“Teve um momento que eu disse para mim mesmo ‘chega’. Eu já estava jogando apenas pelo dinheiro e pouco me preocupava se seria titular ou reserva. Sair da profissão de jogador foi minha melhor escolha, porque pude me dedicar aos estudos e me tornei educador físico”.
Raches iniciou sua trajetória na escolinha do “Camisa 10”, atual “Atlético Paranaense Furacão”, na capital Acreana, onde conquistou vários títulos nas categorias sub 11 e sub 13, atuando como professor e coordenador. Seu público variava entre os 5 e 15 anos.
“A pandemia fechou por vários meses as academias e escolinhas, aí eu tive que me reinventar e passei a dar aulas particulares e individuais, para alunos de todas as idades, inclusive mulheres.
Então, percebi que dava pra adentrar esse ramo do personal soccer e fui em frente, entrando em contato com pessoas de fora do Estado que já faziam este trabalho. E tem dado certo. Eu vinculei meu histórico de atleta e educador físico ao método”, afirma o professor.
A modalidade futcross foi implantada por Raches há cerca de três anos e vem sendo aprimorada pelo educador, que na figura de Personal Soccer estimula seus alunos a buscarem um melhor condicionamento físico aliado aos conceitos do futebol, tornando o treinamento dinâmico e divertido.
Os treinos ocorrem às segundas, quartas e sextas, nos horários de 7h, 12h e 16h30, na Artur Soccer, do proprietário Artur Oliveira, ex-jogador ídolo no Clube do Remo e FC Porto. Eles são ministrados a partir de um planejamento de periodização, divididos para desenvolver força, potência, condicionamento e integração dos atletas. As aulas são abertas para pessoas de todas as idades e gêneros.
Geralmente às sextas-feiras é realizado uma pelada entre os alunos, visando garantir a individualidade de cada aluno e seus diferentes níveis de preparo. Dessa forma, o futcross funciona para todos os públicos, inclusive o feminino.
O professor Maurício Carneiro auxilia Leo Ranches com as atividades. Assim como o mentor, também é ex-jogador e largou o mundo da bola para ser educador físico. “O futcross é uma modalidade que cresce a cada dia. Tem muito interesse do público”, acredita.
O servidor público Bruno Campelo e seu filho, Breno, praticam juntos o futcross, unindo o gosto pelo futebol à atividade física.
“Com o sedentarismo instalado nessa geração, atrelado à pandemia, a ideia era pôr meu filho numa atividade física, como a musculação, mas não foi possível por ele ainda ter apenas 14 anos de idade. Então, matriculei ele no futcross, pra que ele se movimentasse mais e parasse de estar sentado e só jogando vídeo game. Vim com ele junto para incentiva-lo e também para bater uma bolinha”, diz Campelo.
Para Breno, “os treinos são bons, e treinar com meu pai é melhor ainda. Eu senti que melhorou minhas técnicas e habilidades no futebol e retirou meu sedentarismo. Passei a ter mais força e condicionamento, além da musculatura mais desenvolvida”.