Bittar abre o jogo sobre participação em reforma ministerial: “Tenho participado de conversas”

As mudanças na esplanada dos ministérios do Governo Jair Bolsonaro e que devem culminar com a posse do senador Ciro Nogueira (PP-PI) na chefia da Casa Civil, o mais importante dos ministérios em Brasília, tem as digitais de pelo menos um político com mandato pelo Acre. Trata-se do senador Márcio Bittar (MDB-AC), que admitiu vir participando das reuniões e tratativas para a reforma ministério proposta por Bolsonaro.

Márcio Bittar é um dos senadores mais próximos do presidente e ele próprio foi cotado para assumir um posto na Esplanada dos Ministérios, o que, pelo menos por enquanto, ainda refuta e só admite discutir a possibilidade em 2022, quando da desincompatibilização de ministros atuais que devem concorrer às eleições do ano que vem.

“Tenho participado, desde a semana passada, de algumas conversas. Conversamos com um grupo de ministros mais próximos. Nessas conversas, discutimos um rearranjo parcial, principalmente no que parece haver uma unanimidade em relação à articulação política. Vou repetir, por exemplo, Romero Jucá. Ele disse: ‘nunca vi um governo para atender tanto o parlamento e, mesmo assim, o parlamento é sempre hostil, principalmente no Senado’. Por isso, há um consenso que essa articulação tem como melhorar”, disse Bittar.

Em função das mudanças causas pelas novas articulações, o senador piauiense deve assumir na semana que vem, quando retorna de viagem, a Casa Civil. A esperança de Bolsonaro, segundo Bittar, é que com a vinda de Nogueira para o governo melhore o diálogo com o Congresso. Outra mudança como parte desta nova relação do Governo com o Congresso será a recriação do Ministério do Emprego e Previdência, que deverá ficar a cargo de Onyx Lorenzoni.

Com Ciro Nogueira na pasta da Casa Civil, Bolsonaro dará mais liberdade para o “Centrão” indicar quais devem ser as prioridades do governo, em especial, no que diz respeito ao Orçamento. O fato de o senador ser considerado uma pessoa conciliadora e que mantém um bom relacionamento com os demais parlamentares agrada aos partidos de centro que estão na base aliada do chefe do Executivo.

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