O médico infectologista Thor Dantas, um dos profissionais acreanos da linha de frente de combate à Covid-19 e que foi uma das vítimas da doença no ano passado, comemorou, em Rio Branco, o avanço da vacinação contra a pandemia. Citando dados dos mapas de vacinação, o médico disse que a imunização começa a ganhar corpo.
“Avante gestores! Precisamos avançar com rapidez!”, disse Dantas. “Que alcancemos logo uma ampla cobertura vacinal antes do surgimento ou introdução de novas variantes”, acrescentou.
Mas, em relação à doença no Acre, estado que nas últimas horas foi o único a apresentar alta nas taxas de morte, há muito pouco à comemorar, apesar das expectativas do médico. É que o Acre faz fronteira com o Peru, país atingido por uma nova variante do coronavírus e que vem ameaçando toda a América do Sul, segundo um alerta feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Trata-se da variante identificada como lambda e que foi encontrada pela primeira vez em agosto de 2020, no Peru. Na ocasião, foi batizada de C.37 ou “variante andina”.
A OMS vem alertando que essa nova versão do vírus deve ser considerada “de interesse”, categoria em que se encontram outras seis mutações da Sars-CoV-2 e que, ao confirmar sua transmissão comunitária, deve ser devidamente investigada por cientistas para medir seu impacto, principalmente na América do Sul.
As variantes de “preocupação” geralmente são mais transmissíveis e violentas e, por isso, são menos suscetíveis a medidas sociais, vacinas e outros tratamentos disponíveis. De acordo com o último relatório da OMS, a lambda está associada a “taxas substanciais de transmissão comunitária em vários países”, incluindo Peru, Chile, Argentina e Equador.