O juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da 16ª Zona Eleitoral, manteve nesta 6ª feira (23.jul.2021) decisão que proíbe o ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella de deixar o país. O político é investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. A informação é do G1.
“Percebe-se que a proibição imposta ao acusado de ausentar-se do país não se mostra óbice intransponível para o exercício de suas funções atinentes à esfera política, como o seu ofício religioso, na medida em que não lhe foi tolhido por completo o direito de ir e vir”, afirma a decisão.
Ao apresentar o recurso, Crivella disse que queria exercer suas atividades de político e de religioso normalmente. O presidente Jair Bolsonaro chegou a sugerir a indicação do político para um posto de embaixador na África do Sul.
“Indefiro o pedido de revogação da medida cautelar pessoal diversa da prisão consistente na proibição de ausentar-se do país imposta ao acusado Marcelo Bezerra Crivella mantendo-a inalterada”, prossegue o magistrado.
O político foi preso em dezembro de 2020 acusado de chefiar o “QG da propina”. Depois de passar para o regime domiciliar, o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou o ex-prefeito a responder em liberdade. Impôs, no entanto, medidas cautelares, como a entrega do passaporte.
De acordo com o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), Crivella montou um esquema de propinas que teria arrecadado cerca de R$ 53 milhões. Além dele, outras 8 pessoas foram alvo de pedidos de prisão preventiva.