Onyx Lorenzoni, o antigo aliado que caminha para quarto ministério sob Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro foi deputado federal por 27 anos, mas foram poucos os colegas de parlamento que embarcaram desde o início do projeto do capitão da reserva de disputar a Presidência da República. Um deles foi Onyx Lorenzoni, deputado pelo DEM do Rio Grande do Sul, parlamentar desde 2003.

Onyx está no quinto mandato na Câmara dos Deputados, é um veterano. No entanto, o político praticamente não se sentou no Congresso na atual legislatura. Desde a posse, está licenciado e vem pulando entre cargos no governo de Bolsonaro, tendo retornado brevemente à Câmara apenas em 2019 para votar a favor da reforma da Previdência.

A fidelidade ao presidente levou Onyx Lorenzoni a assumir postos-chave no início do governo Bolsonaro. Coube ao deputado coordenar a transição do governo de Michel Temer (MDB) e, na sequência, ocupar o posto de ministro-chefe da Casa Civil, o principal da nova administração.

De pasta em pasta

De início, cabia a Onyx Lorenzoni, pela sua experiência parlamentar, liderar a articulação política do governo Bolsonaro, implementando a política pensada pelo presidente de negociar com bancadas temáticas, como a evangélica, a ruralista e a da segurança pública, dando lugar ao acerto prevalente até então, com partidos políticos.

Ficou por pouco mais de um ano. De fevereiro de 2020 para cá, Onyx já passou por outros dois ministérios. E pode chegar a quatro cargos de ministro ocupados na gestão de Bolsonaro, caso se confirme a “reforma” ministerial prevista para a próxima semana.

De acordo com os planos atuais, Onyx deixaria a Secretaria-Geral para assumir uma pasta recriada para o Trabalho, a ser chamada de Ministério do Emprego e Previdência. Esta seria a segunda vez que o deputado licenciado deixa o Palácio do Planalto para dar lugar a um ministro militar.

Onyx Lorenzoni no governo Bolsonaro

Casa Civil – janeiro de 2019 a fevereiro de 2020, quando deu lugar a Walter Braga Netto
Cidadania – fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021, quando deu lugar a João Roma
Secretaria-Geral – desde fevereiro de 2021. A se confirmar, sairia para dar lugar a Luiz Eduardo Ramos
Emprego e Previdência – A se confirmar. Nova pasta.
Se deixa o centro do governo, o antigo aliado não fica de fora da Esplanada, sendo sempre encaixado em outras funções dentro da administração de Bolsonaro. Quando caiu da Casa Civil em fevereiro de 2020 para dar lugar a Walter Braga Netto, foi escolhido para ministro da Cidadania — um posto que abriga grandes projetos do governo.

Sua posição à frente da pasta que abriga o Bolsa-Família e o auxílio emergencial durou apenas um ano. O ministro não conseguiu emplacar um novo programa social, almejado pelo governo, e acabou substituído pelo deputado João Roma (Republicanos-BA), em uma conjuntura política que fortaleceu o Centrão.

Onyx não foi abandonado. Voltou ao Palácio do Planalto, agora à frente da Secretaria-Geral da Presidência. Já nessa cadeira, Onyx foi citado em uma situação controversa, tendo sido apontado como o portador de avisos do deputado Luis Miranda (DEM-DF) a respeito de supostas irregularidades na Covaxin, que deveriam ser levados ao presidente Bolsonaro.

Em uma entrevista coletiva, o ministro acusou Miranda de mentir e de ter apresentado um documento fraudado para acusá-lo — a chamada “invoice”, posteriormente, foi identificada no sistema da Saúde.

A se confirmarem as indicações dadas pelo presidente Bolsonaro, Onyx novamente deixa um cargo para dar lugar a um militar. O general Luiz Eduardo Ramos, a ser substituído na Casa Civil pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), vai para a Secretaria-Geral.

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