Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (7), na Câmara Municipal de Rio Branco, para tratar da situação do transporte coletivo, a vereadora Lene Petecão (PSB) fez duras críticas aos proprietários de empresas de ônibus da capital.
Participando do evento, o representante da Viação Floresta, identificado como Marcelo, foi o primeiro alvo da parlamentar.
“Quero repor algumas verdades diante do que foi dito pelo Marcelo. Não é verdade essa história de que a empresa oferece um bom serviço há muito tempo e que nós parlamentares não queremos discutir transporte público. Nunca ofereceram serviço de qualidade para nossa população, e ele sabe do que estou falando”, disparou a vereadora.
“Outra coisa: venho da legislatura retrasada e desde lá nós estamos discutindo a qualidade do transporte público em Rio Branco. Não vou aceitar que diga isso dos vereadores”, continuou.
Lene disse que os donos das empresas não colocam a cara nas audiências e sessões que tratam do tema na Casa do Povo.
“Cadê a cara dos donos dessas empresas?”, questionou. “O senhor não é dono. Eu nunca vi um empresário comparecer às sessões para debater o tema. Sempre ficou em um disse me disse e a história continua. Não é verdade que os senhores têm responsabilidade com a nossa população, já que só colocam ônibus sujo, quebrado e estragado para atender o povo, colocando em risco várias vidas. Pessoas com deficiência não têm plataforma adaptada”, salientou.
A parlamentar disse que se fosse prefeita não teria as empresas oferecendo serviços na cidade.
“O que vocês ofertam é de péssima qualidade. Se eu fosse prefeita, não teria as empresas de vocês oferecendo serviços à população, mas infelizmente temos que seguir aqui a pauta do dia e discutir as questões atuais. Nós não vamos colocar dinheiro nessas empresas falidas que não têm compromisso social, nem com a população e nem com a prefeitura. Não me diga que isso é mentira e não me venha com esse sorriso irônico e como essa cara cínica, porque já bati na sua empresa para cobrar salário atrasado, FGTS, falar sobre placas de outros Estados e vocês nunca me atenderam”, finalizou.
O prefeito Tião Bocalom propôs repassar às empresas R$ 2,5 milhões, sob a alegação de que o recurso iria ocasionar a diminuição no valor da passagem. O projeto foi vetado pela casa, mas a prefeitura vai reapresentá-lo.