Quem manda na Educação do Estado? A pergunta é pertinente, porque o Sintero, vivendo ainda os tempos da República Sindicalista, felizmente semisepultada, quer decidir quem manda no ensino público de Rondônia. Jamais impediu que professores que lecionam nas duas redes (estadual e privada), deixassem de comandar as aulas nas escolas particulares, até antes de se começar a falar em vacinação em massa da categoria. Calou-se, porque na iniciativa privada ele, o poderoso sindicato, não apita.
Mas quando trata-se de servir à coletividade, quando se trata de coisa pública, de dinheiro público, vale tudo, até inventar uma tal “Greve Sanitária”, uma forma de tirar sarro da cara das nossas autoridades e do povo rondoniense. Felizmente, é do tipo de ação que não vai dar em nada, até porque as maiores autoridades do Estado e suas instituições (incluindo Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas, Agevisa, Seduc e outras), que formam o gabinete organizado para planejar a volta às aulas presenciais, todas pensam muito mais na sociedade do que a minoria ideológica que domina o Sintero. Ou seja, o retorno presencial será mesmo na próxima segunda-feira, dia 9, queira ou não a minoria que dita as leis no Sintero.
O que a Seduc constatou, nos últimos dias e na sexta-feira, quando a tal “Greve Sanitária” foi anunciada, é que a grande maioria dos professores está se reunindo normalmente nas escolas, preparando a volta presencial. Todos eles estão vacinados com a primeira dose e aguardam a segunda, para os próximos dias, até porque o prazo desta segunda dosagem foi antecipada pelas autoridades sanitárias.
De vez em quando, a gente ainda sonha ficar livre do sindicalismo político-partidário, que tomou conta do Brasil nas últimas décadas. Nadando no dinheiro público, algumas instituições cresceram e se tornaram imensas, formando uma espécie de republiqueta com suas próprias leis e com imenso poder, inclusive de paralisar o país. Aos poucos, essa absurda anomalia foi perdendo a força e a República Sindicalista parou de mamar nas tetas da nossa grana, do dinheiro do povo brasileiro. Mas há ainda, aqui e ali, algumas tentativas de mostrar quem manda. É o que o Sintero, outra vez, aliás, tenta fazer contra Rondônia.
Com meia dúzia de dirigentes e alguns poucos seguidores, que ignoram as necessidades das crianças e de suas famílias, o sindicato cria um factoide, tentando impor vontades e exigindo isso e aquilo, como se ainda tivesse o poder de mando e desmando, como o tinha em tempos petistas. Claro que o poder ainda pode voltar para eles, caso o povo brasileiro seja tão burro que aceite que retornemos ao atraso e a ladroagem das quadrilhas, que se formaram para assacar nossos cofres, como o fizeram na Petrobras, nos Correios e em tantas outras instituições. Mas, por enquanto, não são mais eles quem mandam. Felizmente. Ou seja, as aulas voltam na segunda que vem!
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