Caravana
Em mais uma agenda de Gladson pelo interior, o governador esteve hoje na região do Alto Acre. Por lá, lançou um pacote de obras, entregou uma balsa em Xapuri, e visitou as obras do anel viário em Brasileia, além de anunciar investimentos no município. As caravanas do governador continuam a todo vapor.
Lua de Mel
Desde que iniciou seu mandato, lá em 2019, o governador Gladson Cameli (PP) tem gozado de prestígio com praticamente todos os prefeitos do Estado. A exceção tem sido o prefeito Mazinho Serafim (MDB), que apesar de pertencer a um partido da base aliada de Cameli, é inimigo declarado do governador. No entanto, a lua de mel de Gladson com os outros prefeitos, inclusive petistas, seguia firme. Pelo menos até agora.
Acabou o amor?
Se antes, ao pisar em qualquer município do Estado, o governador tinha a certeza de que poderia contar com a companhia dos prefeitos, parece que o cenário começou a mudar. Em agenda no Alto Acre, a prefeita de Brasileia, a petista Fernanda Hassem, não foi ao encontro do governador, que cumpriu agenda na região nesta segunda (16). Já em Xapuri, o prefeito Bira Vasconcelos, também do PT, participou de solenidade com o governador, apesar de algumas fontes do partido no Alto Acre confirmarem que prefeito não apareceria.
Incômodo
A surpresa pelo não comparecimento de Hassem é que a prefeita de Brasileia sempre manteve uma relação cordial com o governador, sendo até especulada como uma possível vice na chapa dele para a reeleição, claro, se saísse do PT. Tanta proximidade sempre causou incômodo na alta cúpula do Partido nos Trabalhadores no Acre, mas se nunca houve uma pressão clara pelo rompimento, a causa pode ter sido pelo medo de perder seu maior quadro no interior do Estado. Mas agora parece que a conta chegou.
Rédea curta
Com as eleições se aproximando, a postura de alguns prefeitos deve começar a mudar. Para que não haja confusão entre a diplomacia inerente aos mandatos com o ato de apoio político, os chefes dos executivos municipais devem ser mais comedidos daqui pra frente, sobretudo no que tange a aparecerem publicamente ao lado do governador. Pelo menos para os que não devem apoiar a reeleição de Gladson, como é o caso dos prefeitos petistas. A rédea vai ficar curta de agora em diante.
Declarou apoio
Após muita especulação com relação ao palanque que a deputada federal e pré-candidata ao Senado, Jéssica Sales (MDB), iria subir, o mistério terminou. A deputada afirmou hoje, em entrevista ao “Bom Dia Juruá”, que vai seguir com o governador Gladson Cameli e garantiu o apoio ao primo para a reeleição. Se de um lado, o de Jéssica, a situação já está definida, o de Gladson ainda deve render bastante. Isso porque o governador tem pelo menos meia dezena de pré-candidatos ao Senado na sua base, e vai ter que resolver quem vai apoiar, afinal, nesta eleição apenas uma vaga no Senado estará em jogo.
Alvorada
Na mesma entrevista, a emedebista também definiu quem vai apoiar para a disputa da presidência da República: Jair Bolsonaro (sem partido). Para a deputada, o atual presidente é o melhor nome para a disputa presidencial e merece ser reconduzido ao cargo e ao Palácio da Alvorada em 2022.
Não perdeu
Antes de declarar publicamente o apoio a Gladson, a deputada Jéssica Sales chegou a afirmar que conversaria com todos os candidatos ao Governo do Estado, e que estaria junto de quem tivesse as melhores propostas para o Acre. Algumas pessoas davam como certa a ida de Jéssica para o palanque de Petecão, o que não aconteceu. Questionado se sentiu a perda, o senador filosofou: “A gente não perde o que a gente não tem”. De acordo com Petecão, nunca houve nenhum tipo de articulação com a deputada para que os dois caminhassem juntos nas eleições do ano que vem.
Fiel
O senador afirmou que só sentiria o golpe se um outro emedebista pulasse do seu barco, o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, a quem considera como um irmão. Inimigo político n° 1 de Gladson, Serafim já está decidido a apoiar Petecão, seja pelo MDB ou fora dele.
Inveja
A inveja, segundo o secretário adjunto de Educação do Acre, Moisés Diniz, é o que move as críticas ao governador Gladson Cameli feita pelos seus adversários. Em um vídeo postados nas redes sociais, o ex-deputado diz que são mentirosas as denúncias os adversários políticos de Cameli têm feito. Sobrou para o vice-governador, Major Rocha (PSL), que mesmo sem ter sido citado nominalmente por Diniz, foi acusado de sempre bater na mesma tecla, a corrupção. “Parece até que trabalha no Ministério Público”, disparou o adjunto. O ex-senador Jorge Viana (PT) também não escapou da língua afiada de Moisés, “só fala na boa política, mas está se aliando aos velhos lobos de Brasília”.
Fingiu que não viu
Hoje, 14 governadores assinaram uma nota pública em solidariedade ao Supremo Tribunal Federal (STF), após os ataques proferidos pelo presidente Jair Bolsonaro contra os ministros da Suprema Corte e contra a própria instituição. Da Região Norte, apenas o governador do Amapá, Waldez Goés (PDT), assinou a nota. Gladson, assim como os demais governadores da região, fingiu que não viu.