Acusadas de matar companheira de cela degolada com lâmina de barbear no AC vão a juri nesta terça

Sentam no banco de réus do Tribunal do Júri Popular do Fórum Criminal da Comarca de Rio Branco, na Cidade da Justiça, nesta terça-feira (18), as duas acusadas pelo assassinato de Jamilly Ferreira Barbosa. Ela foi morta aos 39 anos, numa cela da Unidade de Regime Fechado Feminina da Penitenciária Francisco D’Oliveira Conde, em Rio Branco, em novembro do ano passado a golpes de lâmina de barbear.

A vítima foi degolada e teve também os pulsos cortados. Ana Clara da Silva e Valdetrez de Souza foram presas em flagrante logo após policiais penais encontrarem o corpo de Jamily, que aparentemente tinha problemas mentais, as duas detentas disseram ter matado a colega por ela ter jogado café quente contra elas. Ana Clara cumpria pena por assassinato de um boliviano de 77 anos, e Valderês por latrocínio; Jamily estava presa por tráfico de drogas.

“Disseram que a Jamilly tinha sinais de perturbação mental e de abstinência de drogas. Tinha comportamento anormal como pegar em fezes e querer jogar nelas, colocar objetos na vagina e ameaçá-las de morte. Inclusive, querer jogar água no ventilador para pegar fogo”, contou o delegado Adriano Moraes, que cuidou do caso após o flagrante das duas acusadas, com base no depoimento que ambas lhe prestaram.

A ocorrência revela que, após ter o rosto queimado pelo café, Ana Clara jogou Jamilly em cima da cama e a degolou com uma lâmina do aparelho de barbear. A outra detenta, então, de posse da lâmina, cortou os pulsos da vítima. “As duas são companheiras, um casal”, disse o delegado.

As acusadas disseram na época que solicitaram transferência da cela à direção da unidade. O pedido chegou a ser atendido, mas depois levaram Jamilly para a cela das acusadas.

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