As queimadas são um problema recorrente no Acre. E apesar de ser previsível um aumento significativo neste período de estiagem, a cada ano gera uma expectativa do total de ocorrências que serão atendidas e o impacto disso. O Acre ocupa hoje o 7° lugar no ranque no total de focos de queimadas acumulados na na Amazônia Legal.
É no mês de agosto que elas começam a se intensificar, a fumaça toma conta do céu. Desde o dia 1 de janeiro até o dia 20 de agosto, foram 2.261 focos de calor identificados, destes, 1.733 foram apenas em agosto.
Para falar a respeito da situação, recebemos nos estúdios do ContilNet Notícias o tenente Freitas Filho, do Corpo de Bombeiros do Acre (veja o vídeo abaixo).
Segundo o tenente, até o momento, o percentual de queimadas no estado está praticamente igual ao ano passado, o que é preocupante, já que 2020 foi um ano atípico onde houve um aumento de 35% em relação ao mesmo período de 2019.
Efetivo baixo e expectativa com concurso
Se a quantidade de queimadas é uma grande crise para ser gerenciada, imagine fazer isso com efetivo insuficiente? É isso o que fazem os homens e mulheres combatentes do Corpo de Bombeiros.
Os focos e queimadas, num comparativo entre 2020 e 2021 no mesmo período, aumentaram, mas o total de militares na ativa no Corpo de Bombeiros seguiu a contramão e, segundo o tenente Farias Filho, diminuiu 30% com as aposentadorias.
“Passamos hoje pelo pior momento da história do nosso efetivo”, destacou o tenente.
O recente concurso para a Segurança Pública do Acre em que traz o anuncio de vagas para corporação deve aliviar a situação, conforme avaliou o oficial.
Nível dos rios
Outra preocupação levantada pelo tenente Freitas foi o nível dos rios no Acre. Na Capital, Rio Branco, o Rio Acre amanheceu neste domingo (22) com 1,40 metro e já está próximo de superar o nível marcado no dia 17 de setembro de 2016, quando o volume de água no Rio Acre mediu apenas 1,30m em seu momento mais critico já registrado.
O Rio Iaco, em Sena Madureira também preocupa. Com o nível abaixo dos 80 centímetros, o manancial vive 4 anos o período mais crítico dos últimos 24 anos. Dese quando começou a ser monitorado, em 1997, o mínimo que o rio havia chegado era 86 centímetros.
Veja a entrevista completa abaixo:
Nota: A entrevista foi gravada na sexta-feira (20), por isso os dados ditos pela entrevistadora e entrevistado sofreram alteração (para mais no caso de queimadas) e para menos no caso dos rios. Atualizamos estes dados no decorrer do texto acima.