A crise política e diplomática no Afeganistão, causada pelo avanço do Talibã, impediu que os atletas do Afeganistão viajassem para as Paralimpíadas. Os aeroportos fecharam e os atletas foram impedidos de viajar para o Japão.
Mesmo sem nenhum representante, o país participou do desfile das delegações na abertura das Paralimpíadas. A bandeira foi carregada por um voluntário.
O presidente do Comitê Paralímpico Internacional (CPI), o brasileiro Andrew Parsons, falou sobre a decisão. “Incluiremos a bandeira do Afeganistão na cerimônia em um sinal de solidariedade e convidamos o representante das Nações Unidas aqui para ser o porta-bandeira. Decidimos isso ontem (domingo) em uma reunião do conselho. É importante destacar isso por ser uma mensagem de solidariedade e paz que enviamos ao mundo”, explicou.
Apenas dois atletas estavam na delegação afegã, ambos do tae kwon do. Zakia Khudadadi, de 23 anos, seria a primeira mulher a representar o Afeganistão nos Jogos Paralímpicos. Hossain Rasouli seria o segundo atleta do país nos Jogos de Tóquio.
Abbas Karimi será o único esportista nascido no Afeganistão em Tóquio. Porém, ele representará a delegação dos Refugiados. Ele fugiu do país em 2013 e não representará seu local de origem.