‘Herdeiro de Pablo Escobar’, que conduzia poderoso esquema de tráfico na fronteira, é condenado a pedido do MPF-AC

O boliviano Jesus Einar Lima Lobo Dorado, conhecido “Dom Pulo” e apontado como uma espécie de Pablo Escobar tupiniquim, acaba de ser condenado pelo juízo da 1ª vara federal do Acre, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), a 14 anos de prisão, por tráfico internacional de drogas. O traficante contava com ajuda de uma brasileira, Valéria Silveira da Cruz, já identificada pela polícia.

O MPF havia pedido e conseguido ordem para a prisão preventiva e extradição do traficante. A polícia boliviana, no entanto, só conseguiu cumprir a prisão em setembro de 2019, e desde então ele esteve em prisão domiciliar em Santa Cruz de la Sierra, até maio deste ano, quando o governo boliviano efetivou a extradição do acusado para o Brasil.
“Dom Pulo” está, desde maio, em prisão preventiva em presídio de segurança máxima em Campo Grande/MS. Ao determinar a extradição de Jesus Einar, as autoridades da Bolívia chegaram a dizer que ele seria herdeiro do traficante colombiano Pablo Escobar, face à forte participação de seu grupo no narcotráfico, concorrendo com o chamado Cartel de Medelin.

Jesus Einar foi denunciado por ceder aviões para o transporte de drogas para o Brasil. De acordo com a denúncia, o bando comandado por ele arrendava fazendas em região fronteiriça e construía pistas de pouso clandestinas com a finalidade de pousar os aviões carregados com a cocaína originária da Bolívia e Peru.

A juíza responsável disse que o Grupo de Inteligência da Polícia Federal no Estado do Acre apresentou fortes indícios do envolvimento da organização criminosa. Que agia na região fronteiriça do Estado do Acre com a Bolívia ou Peru. A partir da fronteira, a droga era encaminhada para outros Estados do Brasil, onde as operações passavam a ser coordenadas por Valéria Silveira. Além de Valéria, outros envolvidos no caso já foram denunciados pelo MPF e condenados, o caso de Jesus Einar foi desmembrado em razão de particularidades como sua nacionalidade e residência em país estrangeiro. “Dom Pulo” é acusado, ainda, de participação em outro caso de apreensão de mais de 200kg de cocaína em uma cidade no interior do Acre.

O traficante deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado, e não poderá apelar da decisão em liberdade. Ele ainda foi condenado a pagar 1400 dias-multa, no valor de 1/30 do salário mínimo mensal vigente no Brasil à época dos fatos, por cada dia multa.

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