Para herdar “vácuo” deixado por JV, Psol pode desistir do Senado e lançar Sanderson Moura para o Governo

Até ontem: Senado

Já tem algum tempo que o advogado Sanderson Moura está colocado como o nome do Psol para a disputa do Senado em 2022, mas a tendência é que Moura migre para a disputa do Governo. Sem alianças definidas, a sigla, junto com outros quatro partidos (PT, PCdoB, PSB e PV), vem ensaiando um bloco de esquerda para disputar o pleito do ano que vem. Desse bloco, estão postas as pré-candidaturas de Jenilson Leite (PSB) ao Governo, de Sanderson Moura ao Senado, e de Jorge Viana (PT) para a disputa majoritária, porém, o petista segue indefinido sobre que cargo deve disputar.

Hoje: Governo

E é justo por causa dessa indefinição do cargo que JV deve pleitear, que o Psol pode mudar a rota, e no lugar de lançar Moura para o Senado, lançá-lo ao Governo. À coluna, o advogado declarou que essa é uma tese que ele defende, mas que ainda será debatida. “Estamos apenas ampliando as possibilidades conforme o andamento das alianças”, disse.

Vácuo

Segundo Moura, há um “vácuo” no campo da esquerda, e sem a candidatura do ex-senador Jorge Viana ao Executivo, o Psol não descarta o Governo. “Se o Jorge Viana não sair para o Governo, não tem um nome que possa capitanear esses votos. Quando Gladson aparece com 60% e o Peteção com 13%, isso revela um vácuo de uma candidatura forte de esquerda”, argumentou.

Esquerda, mas nem tanto

Apesar da justificativa do “vácuo” deixado por uma não candidatura de esquerda ao Governo, o campo ideológico já tem um postulante, é que o PSB lançou o deputado estadual Jenilson Leite como pré-candidato ao Executivo estadual. Para o advogado, uma candidatura do Psol teria um perfil de esquerda melhor definido. “Mas isso não fecha o diálogo com Jenilson, que também é um bom nome”, disse. Mas o advogado tem razão, é que desde a morte do saudoso Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco e ex-presidente nacional do PSB, que o Partido Socialista Brasileiro tem caminhado muito mais ao centro do espectro político do que à esquerda.

Herdeiro

Com inteligência, o advogado fez a leitura de que “se Jorge Viana não for candidato ao Governo, precisa existir uma candidatura que herde esses votos, esse vácuo precisa ser preenchido para não deixar esses votos soltos, que são cerca de 25% a 30%. Se ele não for candidato esses votos podem ir para o Gladson ou Petecão”.

Cão que ladra também morde

Após guerrear com o STF por inúmeros temas e desde que assumiu a cadeira de presidente da República, Bolsonaro (sem partido), depois de tanta ladrar, “mordeu”. É que hoje o presidente enviou ao Senado um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. O argumento é que Moraes extrapolou os limites da Constituição. O pedido tem 102 páginas e é assinado por Bolsonaro e pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco.

Reforço na Saúde

A saúde do Acre pode ganhar um grande reforço nos próximos anos: o Hospital Universitário da Ufac. A obra é uma parceria entre a Ufac e Governo do Estado, e está orçada em cerca de R$ 225 milhões. O hospital terá capacidade de realizar 245 mil consultas médicas e realizar 9 mil procedimentos cirúrgicos por ano. Se sair do papel, será um gol de placa do governador Gladson Cameli e da reitora Guida Aquino, que ficarão marcados para sempre na história do Acre.

Centro Administrativo

A construção do Centro Administrativo, que abrigaria a administração do Governo do Estado e ocuparia uma extensa área no bairro Irineu Serra, em Rio Branco, foi cancelada. Pelo menos por enquanto. O governador resolveu desistir da ideia por causa do quiprocó envolvendo a construção, que está inclusive sub judice. Orçada em mais de R$ 300 milhões, a obra colossal não é mais uma prioridade do governo.

Fiel escudeiro

O prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (MDB), disse hoje ao site Sentinela da Fronteira, que continua apoiando o senador Sérgio Petecão (PSD) para a disputa do Governo no ano que vem. Por ter elogiado o governador Gladson Cameli, seu desafeto político, publicamente, surgiram rumores que Serafim poderia ter mudado de lado. Mas o prefeito cravou que não há a “mínima possibilidade” de abandonar Petecão.

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