Sobrevivente: Indígena atacado por onça havia sonhado com o animal um dia antes

Após alguns dias de internação no Hospital Regional de Vilhena, o indígena José Torto Latundê, de 67 anos, que sobreviveu ao ataque de uma onça em Chupinguaia, já voltou para a Casa do Índio (Casai), onde aguarda autorização médica para retornar à Terra Indígena Tubarão Latundê.

O violento combate entre o idoso e o animal repercutiu em todo o país, Latundê sofreu profundos cortes no corpo, mas conseguiu abater a tiros o felino, que depois foi decapitado e incinerado.

Com a voz fraca, mas dizendo estar bem, José falou por telefone com a reportagem e se mostrou ansioso para retornar para sua aldeia, a menor das três que ficam dentro da Terra Indígena e onde vivem apenas 27 pessoas.

Os cortes no rosto, e principalmente na cabeça e no braço, os locais mais atingidos pelas garras e presas do animal, já estão cicatrizando.

Dito Latundê, filho do ancião e que o acompanha desde que ele foi transferido para Vilhena, anunciou uma medida amarga para proteger o patriarca: ele será proibido de sair novamente para caçar, uma de suas atividades preferidas.

SONHO

Dito também revelou ao site que, na noite anterior à luta contra a onça, José teve um pesadelo, no qual o mesmo tipo de animal o atacava durante a caçada.

“Ele contou que, no sonho, a onça matou o cachorro dele”, disse o entrevistado, comentando o que parece ter sido uma premonição.

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