Coronavírus hoje: Pfizer diz que vacina é segura para crianças e Brasil chega a 37% de imunizados

A Pfizer e a BioNTehch anunciaram nesta segunda-feira que sua vacina contra a covid-19 apresentou resposta imune robusta em crianças entre 5 a 11 anos. Os testes foram feitos com 2,2 mil crianças nos Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha, com doses menores que a aplicada em pessoas com 12 anos ou mais.

Não foi divulgada uma taxa de eficácia da vacina neste grupo etário, mas a Pfizer e a BioNTech afirmam que a taxa de imunigenicidade e os efeitos adversos foram comparáveis aos testes clínicos feitos com pessoas entre 16 a 25 anos, usado como controle.

As empresas informam que vão entrar com pedido para uso emergencial da vacina em crianças com essas idades e pretendem divulgar no último trimestre os dados dos testes feitos em crianças entre seis meses e 4 anos de idade.

Brasil

O Brasil registrou neste domingo (19) 239 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, com o total de óbitos chegando a 590.786 desde o início da pandemia. É o menor número de mortes registradas em um dia desde 22 de novembro de 2020 (quando houve 181 vítimas).

Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 558 –acima da marca de 500 pelo sexto dia seguido. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -8% e aponta tendência de estabilidade pelo quinto dia, após 22 dias seguidos em queda. As informações são do site “G1”, do Grupo Globo.

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h deste domingo. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Em 31 de julho o Brasil voltou a registrar média móvel de mortes abaixo de 1 mil, após um período de 191 dias seguidos com valores superiores. De 17 de março até 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média móvel acima de 2 mil. No pior momento desse período, a média chegou ao recorde de 3.125, no dia 12 de abril.

Apenas um estado aparece com tendência de alta nas mortes: Roraima. O estado do Rio Grande do Norte não divulgou novos dados até a noite de domingo. Acre, Amapá, Ceará, Maranhão, Piauí, Rondônia e Roraima não registraram mortes em seus boletins do último dia.

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 21.236.761 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 9.172 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 34.282 diagnósticos por dia, o que resulta em uma variação de +64% em relação aos casos registrados na média há duas semanas, passando a indicar tendência de alta.

A média móvel de casos vinha em sequência de queda por 18 dias seguidos, se aproximando de 15 mil diagnósticos diários, mas saltou para acima de 34 mil nos últimos dias devido à inserção de dezenas de milhares de casos represados após um ajuste no sistema que concentra esses dados. Ao longo de três dias na última semana, RJ e SP incluíram juntos mais de 150 mil registros de casos por conta desse problema.

Em seu pior momento a curva da média móvel nacional chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho deste ano.

Vacinação

Mais de 37% da população brasileira está totalmente imunizada contra a Covid, ou seja, completou o esquema vacinal ao tomar a segunda dose ou a dose única de vacinas. No total, são 80.285.227 pessoas, o que corresponde a 37,64% da população.

Os que tomaram a primeira dose de vacinas e estão parcialmente imunizados são 141.623.847, o que corresponde a 66,39% da população. A dose de reforço foi aplicada em 300.628 pessoas.

Os dados são do consórcio de veículos de imprensa e foram divulgados às 20h deste domingo (19). Somando a primeira dose, a segunda, a única e a de reforço, 222.209.007 de doses foram aplicadas desde o começo da vacinação.

São Paulo

O Estado de São Paulo superou neste domingo (19) a marca de 50% da população totalmente vacinada contra a covid-19. São 23,1 milhões de pessoas já imunizadas, segundo cálculos da Secretaria da Saúde.

Ainda de acordo com o governo estadual, 97,7% da população adulta residente no Estado já receberam ao menos uma dose da vacina. Quando considerado toda a população, 80,9% já tomaram uma dose do imunizante.

“O balanço desta tarde aponta mais de 36,3 milhões aplicações de primeira dose, [sendo] 21,9 milhões da segunda, mais de 1,1 milhão de dose única e 169,8 mil doses adicionais, totalizando as 59,6 milhões de doses aplicadas”, disse a secretaria, em nota. Os imunizantes disponíveis no Estado são Butantan/Coronavac, Fiocruz/Astrazeneca/Oxford e Pfizer, todas com duas doses, ou a Janssen, de dose única.

Rio de Janeiro

Uma nova variante de covid-19, denominada “mu”, a 12ª letra do alfabeto grego, foi encontrada no Estado do Rio; mas a tendência é que ela não ocupe o espaço da variante predominante atual, a delta, de acordo com o secretário Estadual de Saúde fluminense, Alexandre Chieppe.

Ele informou que a variante “mu”, originada da Colômbia, apesar de ter sido detectada no Estado, não foi detectada via transmissão local, e sim de uma pessoa que teria voltado daquele país, recentemente, ao Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com o secretário, a pessoa havia recebido primeira dose de vacina contra covid-19 e, quando foi contaminada pela doença, contou com efeitos leves da enfermidade. “Não é uma [variante] que está se espalhando”, afirmou. “A tendência é que não se espalhe. Não há tendência de ela ocupar espaço da delta.”

O município do Rio de Janeiro retoma hoje (20) a vacinação com a segunda dose da CoronaVac. A aplicação do imunizante havia sido suspensa na semana passada pela Secretaria Municipal de Saúde, devido à falta de vacinas.

A prefeitura também continua com o calendário de aplicação da dose de reforço para idosos. Esta semana é a vez de pessoas com mais de 84 anos, começando hoje com idosos de 89 anos ou mais.

A dose de reforço será aplicada ainda a pessoas com alto grau de imunossupressão, com 60 anos ou mais, hoje e amanhã. A primeira dose será aplicada em pessoas com 20 anos ou mais, além de gestantes, puérperas, lactantes e pessoas com deficiência com 12 anos ou mais.

Questão de Justiça

 

O Partido Socialista Brasileiro (PSB), em conjunto com outras siglas políticas, ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pleiteando a imediata reinclusão de adolescentes sem comorbidades, com idade entre 12 anos e 17 anos, no Plano Nacional de Imunizações (PNI), para que sejam vacinados contra a covid-19.

Por meio de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), o partido argumenta que a orientação do Ministério da Saúde de revisar a recomendação de vacinação para este grupo é inconstitucional e compromete o avanço do enfrentamento à covid-19 no país.

Nova Zelândia

As autoridades da Nova Zelândia reduzirão o nível de alerta para a covid-19 em Auckland, principal cidade do país e epicentro de um surto causado pela variante delta. Pelas próximas duas semanas, a partir de amanhã, Auckland ficará no nível 3 de restrições, o segundo mais alto na escala de classificação de risco elaborada pelas autoridades de saúde.

No nível 3, a movimentação da população ainda é restrita, mas as medidas são menos rígidas que as adotadas durante o “lockdown”, que está em vigor na cidade desde meados de agosto.

Restaurantes podem voltar a aceitar pedidos por retirada e algumas empresas poderão reabrir. Mas a maior parte das companhias seguirá fechada, assim como parte das escolas. Caso o número de casos de covid-19 continue caindo, as restrições poderão ser flexibilizadas no próximo dia 4 de outubro, quando a situação em Auckland será revista.

Índia

A Índia pretende retomar as exportações de vacinas contra a covid-19 no último trimestre do ano. Países vizinhos e o Covax Facility, consórcio global criado para garantir uma distribuição mais equitativa das doses, serão priorizados.

O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Saúde, Mansukh Mandaviya, que afirmou que a produção mensal de vacinas deve chegar a 300 milhões de doses em outubro, quase quatro vezes o número produzido pela Índia no início da pandemia.

Maior produtor global de vacinas, a Índia suspendeu as exportações em março para combater um surto devastador causado pela variante delta, detectada inicialmente no país. A decisão representou um golpe para o Covax Facility, que dependia em grande parte dos imunizantes produzidos no país.

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